30.1.08

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Desejo e Reparação


Briony (Saoirse Ronan ótima!) é uma quase adolescente com muita imaginação. No dia do aniversário do seu irmão ela vê sua irmã Cecília com o filho da empregada, Robbie (James McAvoy, ótimo!) no que Briony interpreta como uma briga. Mais tarde sabemos que Robbie é apaixonado por Cecília (Keira Knightly) e correspondido (ele escreve o melhor bilhete de todos os tempos, devia constar no manual de como conquistar uma mulher). Acontece que Briony tem uma paixonite aguda por Robbie, e todos nós sabemos que paixão de criança é coisa séria.

No decorrer da noite a prima de Briony vê um vulto estuprando (ou não) sua prima e adivinhem quem Briony acusa e ainda mostra prova (o tal bilhete)?? Sim, Robbie.

O coitado vai preso e depois vai para guerra como alternativa a prisão. Cecília abandona a família e vai ser enfermeira.

Briony também se torna enfermeira, mas ela só o faz como uma autopunição pela besteira que fez. Briony estragou a vida de 3 pessoas, inclusive a dela. Ela às vezes se arrepende e muitas vezes não.

A trilha sonora desse filme é fantástica! Merece muito o Oscar ao qual está concorrendo. A máquina de escrever dando o tom da cena. Genial.

A fotografia é linda e a cena da praia de Dunquerque é emocionante.

Aliás, esse foi o único filme de guerra (e olha que eu já assisti muitos filmes de guerra) no qual eu realmente senti a dimensão do estrago que a guerra fez nas pessoas. O sofrimento de Robbie é quase palpável.

A Tia Helo ia gostar da Briony, talvez até ia se ver nela. Eu acho que ela diria só 30 “Ai, Jesus!” para Desejo e Reparação, a maioria nas cenas da guerra. E talvez ela derramasse uma lágrima no fim.


Meu nome não é Johnny

Todo mundo já sabe qual é a história desse filme né? Garoto zona sul carioca, gente boa, se torna traficante internacional de drogas, vai preso e se redime.

Feito o resumo, esse filme é bom sim! O tal João Guilherme não é o típico traficante que sobe morro. Ele é aquele cara que nunca pegou numa arma e só trata com o pessoal do asfalto. Ele teve uma vida boa, educação, mas queria viver todas as emoções.

Eu ri muito e fiquei impressionada com a quantidade de drogas que eles consumiam (e na realidade foi muito mais). Selton Mello acertou e a edição é muito boa. A transição da vida boa para prisão é bem feita.

A Tia Helo não ia gostar de jeito nenhum desse filme. Imagina, playboy zona sul sem ter coisa melhor para fazer? 200 “Ai, Jesus!” para o Johnny.



O Gângster

Frank Lucas é um traficante assassino. A primeira cena do filme já mostra que com ele o buraco é mais embaixo. Dito isso, ele também é inteligente e um competente homem de negócios.

Ele viu um nicho de mercado (a heroína) na decadência dos anos 70, foi até o Vietnã, na época da guerra, negociou produto da melhor qualidade com os locais, arranjou transporte pelo exército americano e assim se tornou um homem rico. Muito rico.

Frank também sabia tudo de marketing, ele oferecia o produto puro por um preço menor do que o lixo que os policiais corruptos passavam. E ele entendia de marca, imagem e acreditava honestidade (dentro dos limites da bandidagem). Ele era um homem super elegante, só andava de terno, falava pouco, não badalava e, o mais importante, não consumia seu produto.

Frank conseguiu que a máfia italiana trabalhasse para ele. Enough said.

Ele passava despercebido até que um outro homem com as mesmas características dele o descobriu, o policial Richie.

Richie, por sua vez, era do tipo que encontrava 1 milhão de doletas na mala do carro e entregava o dinheiro para a polícia, se fazendo odiado pelos colegas.

Richie descobre o esquema de Frank e o persegue com precisão.

A melhor cena para mim é Frank e Richie negociando a entrega de ¾ dos policiais de narcóticos. É ali que se vê o respeito entre eles.

É isso que faz o filme interessante. Apesar de tudo o que Frank representa você se pega gostando dele. Raiva mesmo só do policial interpretado pelo Josh Brolin, de bigodão e tudo.

Denzel Washington nunca esteve tão chique na vida como Frank e Russel Crowe (macho-que-é-macho de carteirinha) entrega um Richie que podia ser primo americano do Capitão Nascimento, sem o saco plástico.

Eu gostei. A Tia Helo só ia gostar do fato que Frank levava sua mãe para igreja todo domingo, fora isso ela diria 350 “Ai, Jesus!” para o gangster americano.

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