10.1.09

+Filmes

São vários e o post é longo.

Gran Torino

Clint Eastwood faz um vovôzinho mal-humorado (ainda tem hífen?), que acabou de ficar viúvo e mora num bairro que está dominado por imigrantes asiáticos. Ele é praticamente o Dirty Harry da terceira idade.

Ele adora segurar sua arma e ameaçar quem tira o sossego dele. Um dia o vizinho vietnamita sofre uma pressão da gangue local para roubar o carro do Clint, que vem a ser um Gran Torino. Aí, a gangue aparece na vizinhança para ameaçar o garoto e o Clint, macho-que-é-macho, os coloca para correr. Os vizinhos ficam todos agradecidos e colocam muitos presentes na porta. A família do garoto descobre que ele tentou roubar o carro e oferece para que ele trabalhe para o Clint por uma semana. O Clint fica amigo do garoto, da irmã dele e até da vó.

O Clint ensinando o garoto a ser macho é muito engraçado, ainda mas na parte que ele fica chamando o barbeiro por nomes nada agradáveis. Aliás ele é o rei do apelido politicamente incorreto.
A gangue volta e ataca a irmã do menino e ainda distirbui tiros na casa. Mas eles esqueceram quem é Clint Eastwood.

Contar mais estraga.

Eu gostei muito desse filme. A Tia Helo ia gostar do padre e do Clint, já do resto eu tenho minhas dúvidas. 217 "Ai, Jesus!" para o Gran Torino.


Changeling (A Troca)
Outro filme dirigido pelo Clint Eastwood (vovôzinho ativo!). Só para começar, eu não tenho muita paciência para as caras e bocas da Angelina Jolie, #prontofalei.

No filme o filho dela some e depois de um mês a polícia corrupta de Los Angeles devolve um garoto qualquer para ela. De cara ela diz que aquela criança não é dela, mas a polícia insiste que é sim e ela é que é louca.
Ela vai para um hospício, mas felizmente ela tem o pastor John Malkovitch que a ajuda a sair do perrengue.

A reconstituição de época é muito boa, mas é um filme lento e no fim eu fiquei com a sensação que nada, além do óbvio, aconteceu.

A Tia Helo diria uns 93 "Ai, Jesus!" antes de tirar uma sonequinha.


Milk
Esse filme conta a história de Harvey Milk um homossexual assumido que se tornou vereador (?, em inglês é supervisor) de São Francisco ao defender as causas gays e foi assassinado por outro vereador, Dan White, que também matou o prefeito.

Harvey chega a São Francisco com seu namorado e ao tentar estabelecer um negócio no bairro Castro logo vê a discriminação e preconceito. Ele tenta 3 vezes se eleger, e só consegue na quarta, ele não conseguia que os gays ricos o apoiassem. Mas o seu grande momento foi defender o não para a tal proposition 6, que era para proibir que gays lessionassem nas esclas públicas da California.

Sean Penn está muito bem no papel do Harvey, mas eu gostei mesmo foi do Emile Hirsch (Speed Racer para os íntimos) que faz Cleve. E tem muitas cenas reais misturadas com as filmadas. É dirigido pelo Gus Van Sant, e eu não via nada dele desde que fiquei traumatizada com o péssimo Last Days.

Mas eu gostei de Milk. A Tia Helo não era clueless, ela era fã do Freddy Mercury e do Elton John, e como boa católica e professora ela ia gostar da proposta polítca do Harvey. Ela só diria 139 "Ai, Jesus!" para as cenas, hum, menos convencionais.


Revolutionary Road
Ou, o que aconteceria com Rose e Jack se o Titanic não tivesse afundado.

Brincadeira. Esse filme é muito bom.

Leo e Kate fazem um casal que para os vizinhos é especial, moderninho, mas estão profundamente insatisfeitos com sua vida classe média. Eles moravam na cidade e tinham grandes planos para suas vidas quando ela ficou grávida e eles se mudaram para a vida pacata dos burbs, suburbs. Ele passou a trabalhar num escritório, num cubículo, num trabalho desinteressante e ela virou uma dona de casa. Nos 30 anos dele, ele está deprimido e desiludido, e ela frustrada, mas ainda assim ela procura uma saída para a vida que eles levam tendo como solução uma mudança para Paris. Na França ela iria trabalhar enquanto ele ia 'se achar'. Os vizinhos fingem achar tudo ótimo, afinal os Wheelers são moderninhos, mas por trás acham tudo uma grande bobagem (disfarçando a inveja), o único que vê atráves do casal é o filho esquisofrênico da vizinha.

Eventos acontecem e as coisas mudam de rumo.

O Leo fica com mais cara de criança ainda naquele look anos 50/60, mas entrega emoção bem, e a Kate Winslet merece todas as indicações.

Eu gostei. A Tia Helo iria dizer uns 315 "Ai, Jesus!", conflito emocional entre casais é uma coisa que ela não entederia.


Rede de Mentiras
Leo Di Caprio está no Oriente Médio como agente da CIA e passa o filme inteiro falando no celular com um Russell Crowe gordinho. Eles ficam confabulando sobre maneira de pegar o terrorrista mor, só que Russell está no conforto do lar e vê a guerra via satélite. Leo está in loco e passa por maus bocados.

O que eu achei mais interessante nesse filme foi a postura do personagem do Russell Crowe. Ele faz aquele americano médio (lembra até o Grissom de CSI) que entre levar os filhos no colégio e fazer o café da manhã ele resolve o que o Leo vai fazer numa praça lá no Iraque. E quando ele vai até a Jordania negociar com o resposável local parece que ele está numa mesa de bar. Aliás ele está mais para uma tia fofoqueira resolvendo os problemas do Oriente Médio.

Caro Ridley Scott, a intenção foi boa, mas faltou alguma coisa.

A Tia Helo ia se acabar de tanto "Ai, Jesus!", tem tortura, tem morte, tem terrorristas, tem muita gente sofrendo e aquele gordinho só faz olhar uma tv gigante e falar no telefone.



The Curious Case Of Benjamin Button
Benjamin nasceu velho e foi ficando jovem ao longo da vida. Eu acho essa idéia genial. O filme é loooongo, quase três horas, a primeira hora é quase toda na infância de Benjamin, que foi deixado bebê (velho, com catarata e artrite) na porta de um asilo de velhos. A metade do filme é a que demora mais, quase não passa, e é focada no começo da vida adulta de Benjamin. É quando ele reencontra Daisy, sua paixão desde criança é que o filme engrena e passa rapidinho. Bom, não sei se foi isso ou o fato de que nesse ponto o Brad Pitt já estar l-i-n-d-o. E ele vai ficando cada vez melhor.

O filme é baseado num conto de F.Scott Fitzgerald (aliás só a idéia central do conto é aproveitada, o resto é diferente). Eu achei curioso o nome da paixão do Benjamin do filme ser Daisy (já que no conto ele se apaixona pela Hildegarde), que é o amor da vida de outro personagem de F. Scott: O Grande Gatsby (que no filme foi feito pelo Robert Redford, que podia ser pai do Brad Pitt de tão parecido).

Quando ele é velho os outros assumem que ele já sabe tudo quando na verdade ele está só descobrindo, e no fim ele é um jovem com uma vida inteira passada.

O que eu detestei no filme foram as cenas da velha com a filha no hospital que ficavam interrompendo a narração do passado. Totalmente dispensável.

E uma das cenas que mais gostei foi Benjamin narrando os acontecimentos que levaram ao acidente de Daisy. (ops, pequeno spoiler)

A maquiagem e efeitos especias para fazer Brad Pitt e Cate Blanchett velhos e novos são excelentes. O Brad Pitt adolescente desse filme era o mesmo que estar vendo ele em Thelma & Louise (aliás, a barriga tanquinho ainda está lá).

A Tia Helo ia gostar do Benjamin, afinal todos os velhinhos do asilo o adoravam. 53 "Ai, Jesus!" para O Curioso Caso de Benjamin Button.

Um comentário:

  1. Estou bem curioso para ver Milk, Benjamin Button e o do Mickey Rourke que venceu ontem o Globo de Ouro...

    beijos!

    p.s.: você tem Gtalk, Kaká?

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