29.7.10

Conversas iPodianas (20)

Eu acordo as 5 da manhã para correr. Ainda está escuro e a vontade de dormir só mais um pouquinho é grande, mas preciso treinar para correr a meia maratona do Rio e acabo levantando.

Então, hoje de manhã eu estava saindo de casa e liguei o iPod. Primeira música que toca: Get Back. Ok, iPod, eu vou te ignorar e vou sair de casa assim mesmo. Segunda música: I'm Only Sleeping. Oi? Ainda assim eu continuo e já estou na rua andando para encontrar o pessoal da corrida e o iPod, super camarada, toca Friday I'm In Love, aquela que diz "tuesday, wednesday, stay in bed". Maldito.

25.7.10

Momento Nerd³


Eu gosto de videogames, mas aqui em casa não tem. Ainda bem, se tivesse, eu, provavelmente, passaria muitas horas jogando. A minha avó, alguns anos atrás, comprou um Nintendo para os meus primos mais novos, mas quem jogou mais foram as primas com mais de 20 anos.

Eu não gosto dos jogos de guerra, luta, roubo de carros, etc. O que eu gosto mesmo são os de corrida de carro, Mario Bros e os de esportes (adoro o Wii Sports). Quanto mais colorido melhor.

Esse sábado, um amigo me levou para um encontro de PS3. Lá tinha 3 tvs com 3 consoles e vários jogos. Eu fui para jogar um que nunca tinha jogado: Rock Band.


O cara que organizou o encontro tem os dois rock bands, mais o dos Beatles com todos os instrumentos. Eu toquei guitarra, baixo, bateria e até cantei. É muito legal porque cada um escolhe o nível que quer jogar dentro da mesma música, e tem: fácil, médio, difícil e expert. Nos instrumentos, fiquei no fácil, tentei o médio mas não tinha coordenação suficiente (preciso treinar). Na hora de cantar consegui até 93% do expert num duo de Nowhere Man.

O mais difícil é a bateria, não consegui de jeito nenhum, errava o compasso o tempo todo. Para cantar é bom já conhecer a música, as letrinhas passam muito rápido.

O rock band normal tem todo tipo de música, tem muito rock pesado para o pessoal caprichar nos solos de guitarra, mas tem pop também (rolou Lady Gaga no repertório). O organizador do evento só tocava guitarra no nível expert, acreditem, é MUITO rápido e com muitas notas.

O Rock Band dos Beatles é fantástico, começando pela animação inicial e a que fica no fundo das músicas (Get Back é no telhado do prédio de Londres). Nesse jogo dá para duas pessoas cantarem, uma na voz prinicpal e a outra fazendo backing vocals. E se você quiser só tocar os instrumentos, Paul e John cantam com a banda.

Já estou aguardando o próximo encontro, até uso a camiseta do evento.

20.7.10

Conversas iPodianas (19)

Tirando o mofo na corrida de hoje com essa sequência oferecida pelo shuffle:

- Here Comes The Sun - Beatles
- See The Sun - The Kooks
- Hard Sun - Eddie Vedder
- Sun Rise Light Flies - Kasabian
- Evening Sun - The Strokes
- Walking On Sunshine - Katrina and the Waves
- Who Loves The Sun - Velvet Underground

Com protetor solar 50.

17.7.10

10 livros em 10 dias - 10) O livro mais velho que tenho ou li

Último dia do desafio e último livro. Não entendi se era para ser o livro mais velho em data de publicação, ou mais velho aqui na estante. De todo jeito eu tenho um que se encaixa nas duas coisas.

Wuthering Heights - Emily Brontë

O Morro dos Ventos Uivantes, título em português, foi publicado pela primeira vez em 1847 (e vocês achando que Crime e Castigo, de 1866, era velhinho né?). O exemplar que eu li, e está aqui em casa, foi da Vó Sheila, a mãe do Nick, que mora numa cidade bem perto da cidade natal das irmãs Brontë, no norte da Inglaterra. Ela me deu a última vez que estive lá. Anyway, é um livro de bolso da editora Penguin publicado em 1953.

de 1953

Eu gostei muito esse livro, a história de amor do Heathcliff com a Cathy é emocionante. A narração é feita pelo vizinho e pela empregada da casa e é em tom de fofoca. Eu acho o Heathcliff um rockstar, e já escrevi um post aqui no blog sobre Wuthering Heights.

Esse livro já virou filmes, séries de tv, adaptações moderninhas e até uma música. Só de pensar que a Emily Brontë escreveu essa trama, que rende tanto até hoje, numa casinha no fundo da igreja onde o pai dela era pastor, em 1847, já é um bom motivo para ler Wuthering Heights.

16.7.10

10 livros em 10 dias - 9) Série de livros que mais gosto

São tantas para escolher, e apelei para o uni duni tê outra vez. Aqui eu poderia colocar O Senhor dos Anéis, ou a dos vampiros de Charlaine Harris, ou os livros do Harry Potter, ou a nacional Plenos Pecados mas fiquei com a divertida...

O Guia do Mochileiro das Galáxias - Douglas Adams

São 5 livros: Guia do Mochileiro das Galaxias, O Restaurante no Fim do Universo; A Vida, O Universo E Tudo Mais (a-do-ro esse título), Até Mais, Obrigado Pelos Peixes!, e Praticamente Inofensiva, que contam a saga de Arthur Dent.

Arthur é um terráqueo que descobre que a terra vai ser destruída para a passagem de uma via intergaláctica. Ford Prefect, amigo alienígena de Arthur, o ensina como pegar carona nas naves e viajar pelas galáxias, sempre levando uma toalha (item imprescindível e de muitas utilidades) e o tal guia que explica tudo e traz um 'Don't Panic' na capa.

O melhor personagem dos livros é Marvin, o robô deprimido e entediado. Genial.

Os 3 primeiros livros são os melhores. O humor inglês de Doug Adams é de primeira e essa é uma série muito divertida. Já virou filme , série de tv e série de rádio.

15.7.10

10 livros em 10 dias - 8) Livro que menos recomendo

Comer, Rezar, Amar - Elizabeth Gilbert Uma mulher que, depois do divórcio, resolve tirar um ano sabático dividido em 4 meses na Itália, 4 na India e 4 na Indonésia. Na Itália ela come, na India ela reza, e na Indonésia ela ama. Era para ser uma viagem de autoconhecimento, mas só é um livro de romance meio sabrina/julia, e não muito bom. Poderia ser interessante, mas não é. É um auto-ajuda disfarçado, e nem é eficiente como tal. 

Escrevi um post aqui no blog sobre esse livro, que foi me foi recomendado por amigas, mas eu não repasso a recomendação. 

Aliás, acho que o filme vai ser beeeem melhor. A Julia Roberts é a protagonista e tem Javier Bardem e James Franco no elenco.

14.7.10

10 livros em 10 dias - 7) Livro que mais recomendo

É difícil escolher um só para indicar, tem tantos livros bons em diferentes assuntos. Gostaria de recomendar vários, mas decidi indicar um dos melhores livros que li ano passado.

Não Me Abandone Jamais - Kazuo Ishiguro

Sim, eu sei, o título parece que foi tirado de Meu Erro dos Paralamas, mas não se deixe enganar por ele, o livro é muito bom. Eu comprei esse livro depois de ler esse post, e li de uma vez, sem parar.

Kazuo Ishiguro é japonês-britânico, ele nasceu no Japão mas foi morar criança em Surrey. Outro livro conhecido dele é: Os Vestígios do Dia, que deu origem ao ótimo filme de mesmo nome com o Anthony Hopkins (que ele faz um mordomo inglês contido).

Não Me Abandone Jamais conta a história de Kathy e seus amigos, Ruth e Tommy, nos anos que frequentam o internato de Hailsham, e também depois que saem da escola.

No início do livro, Kathy já tem 31 anos e está prestes a deixar a função de cuidadora. Ela passa a lembrar seu passado até ali.

Hailsham não é uma escola tradicional, percebemos pelo jeito que os professores tratam os alunos, com enfase na saúde e em mantê-los dentro dos muros da escola. Lá as crianças e adolescentes, além de passear no belo bosque e gramado da escola, são estimulados, a produzirem arte, e a Madame escolhe os melhores trabalhos e coloca numa galeria.

Depois que saem do internato vão morar em uma cottage, onde eles começam a ter contato com o mundo exterior e são livres para explorar até o início de suas funções.

A narração de Kathy é ingênua, que cabe muito bem no livro e só percebemos porque no fim.

É difícil falar desse livro sem dar spoiler, e o melhor é a surpresa crescente, aquela que você acha que é e não quer que seja, mas você pode estar certa.

É um livro sensível, sútil e melancólico. Kazuo Ishiguro nos apresenta uma situação estranha, quase fantástica, e nos faz aceitar e pensar na possibilidade dessa realidade.

Pelo trailer, o filme, que vai ser lançado esse ano, parace que vai ser tão bom quanto o livro. Tem Keira Knightley, Carey Mulligan e Andrew Garfield no elenco.

13.7.10

10 livros em 10 dias - 6) Livro que menos me fez ter a atenção nele

Ulisses - James Joyce

O livro narra um dia na vida de Leopold Bloom enquanto ele anda por Dublin, e cada capítulo tem um estilo, voz ou forma diferente. James Joyce experimentou bastante. A edição que tenho é comentada, pela tradutora, no final do livro. Ela relaciona os capítulos de Ulisses com as passagens de A Odisséia, de Homero. A leitura é um estudo.

Eu até comecei disciplinada, lia um capítulo por dia, mas depois do 6º capítulo tudo era motivo para não ler, até ficar olhando para o nada. A história é boa, as formas narrativas são interessantes, mas não é um livro fácil, e exige muita atenção. Por algum motivo eu não consegui me concentrar nele, vivia tendo que ler a mesma página várias vezes porque esquecia tudo, e larguei na metade.

Tenho planos de voltar a ler, mas como já faz muito tempo que parei na metade, vou ter que começar tudo outra vez. *suspiro*

12.7.10

10 livros em 10 dias - 5) Livro que mais me fez ter a atenção nele

Rant - Chuck Palahniuk

O Chuck Palahniuk experimenta muito com a forma de escrever seus livros e esse é escrito em forma de entrevista. Não existe um narrador, só as pessoas que conheciam o personagem principal dando suas versões para os acontecimentos. E em cada capítulo tem de 5 a 7 pessoas contando versões para o mesmo fato.

O livro conta a história de Rant Casey, um psicopata que quando era criança foi mordido várias vezes por aranhas, morcegos e outros animais e assim ele é portador de raiva, porém não desenvolve a doença. O modus operandi dele é passar raiva para suas vítimas. Além disso ele tinha um talento/poder que era saber o que pessoa tinha comido ou se estava doente (e qual era a doença) ao sentir o gosto da pessoa (entenda como quiser). Tudo se passa num futuro caótico onde as pessoas são divididas entre 'do dia' e 'da noite', e ficam disputando corridas e batidas nas estradas.

Tem uma viagem no tempo no meio da trama, e acho que já deu para entender porque exigiu muita concentração para ler, além de prender a atenção para saber o final.

O Chuck Palahniuk é um dos meus autores favoritos, ele descreve o corpo humano e tudo que pode acontecer com ele em ricos detalhes, as vezes é poético e outras nojento mesmo. Já li 6 livros dele, cada um é muito diferente do outro, mas todos são bizarros e com um pé no fantástico. Como disse o crítico do NYT, Chuck não escreve para turistas. Gostei muito de todos que li, o melhor foi Lullaby (aqui um ótimo post do CA), mas isso eu conto outra vez.

Rant ainda não virou filme, mas Clube da Luta e Choke sim.

11.7.10

10 livros em 10 dias - 4) O livro mais caro que comprei

The Complete Beatles Chronicle - Mark Lewisohn

Eu fui a Liverpool em 2007, fiz o tour dos Beatles e fiquei curiosa para saber mais. Me indicaram esse livro e eu achei no site da Livraria Cultura por R$65. Na verdade foi o livro que eu já paguei mais, porque depois que vi o preço original na contra capa (£25), não achei tão caro. Ulisses do James Joyce também foi caro (R$63), mas está em outra categoria desse desafio.

É um livro grande, capa dura, com fotos fantásticas. O Mark Lewisohn é o maior expert em Beatles. Esse livro conta a história de John, Paul, George e Ringo desde 1957 a 1970. O interessante é que o livro só cita fatos, quase não tem fofoca (são muito poucas). Cada ano começa com um resumo e depois segue um diário das apresentações e gravações, tudo bem detalhado. No fim tem as listas de albuns (lançados no Reino Unido e nos EUA), dos shows, das músicas covers, de todas as músicas deles e ainda diz quem compôs: se foi John ou Paul ou George, ou John & Paul, ou Ringo (sim, até ele fez música) ou todos juntos.

A minha edição é de 1991, mas ele já lançou uma mais nova esse ano: The Complete Beatles Chronicle - The definitive day-by-day guide to the Beatles' entire career, e nem está tão caro, só 20 doletas na Amazon, mas não é capa dura (as fotos devem perder a qualidade).

10.7.10

10 livros em 10 dias - 3) O livro mais barato que comprei

O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde

Comprei numa livraria no Rio, estava num stand cheio de livros a 5 reais. Esse livro é genial.

Dorian Gray é um jovem muito bonito que tem seu retrato pintado com muito carinho e emoção pelo artista Basil Hallward. Dorian, ao ver sua própria beleza e juventude deseja que o retrato envelheça e não ele.

Lord Henry é uma espécie de patrocinador do pintor e mentor de Dorian. É um dos melhores personagens já escritos, ele é malicioso e muito inteligente.

Dorian Gray se apaixona por Sybil, uma atriz, mas, sob a influência de Lord Henry, ele passa a querer sempre ser jovem, bonito, a explorar suas emoções, e ceder a luxúria; então dispensa Sybil.

A cada crueldade, mentira, maldade, o retrato recebe as marcas no rosto: sorriso cínico, olhar perverso, as rugas, etc, mas Dorian continua jovem e lindo por 20 anos, até o dia em que ele resolve enfrentar seu retrato.

Esse livro rendeu 2 filmes, um em 1945 e outro em 2009, com o Colin Firth como Lord Henry. Não assisti nenhum dos dois, mas o de 2009 está na lista. E o Dorian Gray ainda aparece no duvidoso Liga Extraordinária.

9.7.10

10 livros em 10 dias - 2) O livro que gostei menos

Continuando o desafio. Livro que mais odiei é um pouco forte porque acho que nunca odiei um livro, por pior que fosse, alguma coisa dá para aproveitar. Então essa categoria vai ser: O livro que gostei menos.

On The Road - Jack Kerouac
Essa categoria foi fácil, ficou entre um livro péssimo chamado Sapatos de Arrasar (só pelo nome já dá para saber né?), Senhora do José de Alencar e On The Road. Sapatos me fez rir algumas vezes, Senhora é aquela coisa de leitura obrigatória de escola e eu nem lembro mais (só lembro que não gostei); e On The Road me entediou e me irritou, muito.

On the Road é um clássico beatnik, aquele movimento pré-hippie dos anos 50/60 , que tem como principais escritores e fundadores: o Kerouac, Allen Ginsberg (Howl) e William S. Burroughs (Naked Lunch). Nunca li os outros dois. O movimento beat consistia em ler e escrever poesias, experimentar com drogas, liberdade de expressão (em todas as formas), espiritualização, exercício da espontaneidade e criatividade. Começou na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, no fim dos anos 40 e no meio dos anos 50 começaram a fazer uma ponte com San Francisco. Quando estive em SF ano passado, fui na livraria City Lights, fundada em 1953 por um dos beatniks da costa oeste, Lawrence Ferlinghetti, e onde foram publicados livros polêmicos da geração beat como Howl do Ginsberg.

On The Road é um livro meio autobiográfico do Kerouac. É sobre Sal Paradise, um cara que fica fascinado com a chegada a NY de Dean Moriarty, um homem que conta histórias de viagens e experiências. Sal resolve colocar 50 doletas no bolso e sai para ver a America. Enquanto acompanhamos a viagem de Sal, onde ele nunca consegue segurar um emprego, está sempre drogado, bêbado e sem dinheiro, também ficamos sabendo um pouco de Dean, herói de Sal. (a melhor palavra que eu tenho para descrever o Dean é: mané) Depois de viajar entre NY, San Francisco e Denver e sofrer um bocado, Sal chega a conclusão, decepcionado, que Dean era só conversa (oh, really?).

A melhor coisa do livro era a foto do Jack Kerouac na capa, ele era lindão.

O livro que li foi emprestado por uma amiga canadense, e depois até debatemos as idéias. Eu entendo porque esse livro fez tanto sucesso e influenciou tantas pessoas, traduziu uma geracão, yada, yada, yada. É aquela coisa de querer sair por aí, livre, sem lenço e sem documento, experimentar tudo até o limite. O que eu concluí foi que todo mundo acaba caindo numa rotina, e que se drogar, beber, ir preso e pular de cidade em cidade era uma rotina para o Sal. Poderia ser interessante, mas não é. #prontofalei

O filme está para sair em 2011, é o Walter Salles que vai dirigir. Espero que seja melhor que o livro.

8.7.10

10 livros em 10 dias - 1) O livro que mais gostei

Eu vi esse desafio '10 livros em 10 dias' no PdUBT, e gostei da idéia. Eu adoro um momento TOC. Então, o desafio consiste em citar dez livros que você leu, conforme os critérios:

1° dia – Livro que você mais gostou;
2° dia – Livro que você mais odiou;
3° dia – Livro mais barato que você comprou;
4° dia – Livro mais caro que você comprou;
5° dia – Livro que mais te fez ter a atenção nele;
6° dia – Livro que menos te fez ter a atenção nele;
7° dia – Livro que você mais recomenda;
8° dia – Livro que você menos recomenda;
9° dia – Série de livros que você mais gosta e;
10° dia -Livro mais velho que você tem ou leu.

Vamos ao primeiro, e mais difícil: O livro que mais gostei.

Eu já li muitos livros e gostei muito de vários, fiz um uni-duni-tê para colocar aqui e o escolhido foi...

Crime e Castigo de Fiodor Dostoieviski

O livro conta a história de Raskolnikov, um estudante e professor que mora só, está ficando sem dinheiro (porque não quer trabalhar) e doente. Ele comete um crime e consegue fugir, mas fica ainda mais doente e as vezes delira. Depois ele é chamado a delegacia por outro motivo e fica sabendo que já descobriram o crime, mas não sabem quem é o culpado.

O único que desconfia de Raskolnikov é o detetive Porfiri Petrovich. Sua desconfiança é baseada em motivos psicológicos e ele usa mind games em conversas com Raskolnikov para ter certeza da culpa do estudante. Porfiri é ótimo!

Raskolnikov tem uma teoria na qual algumas pessoas estão acima da lei e que podem cometer crimes sem serem julgadas, para um 'bem' maior. Que a consciência é um castigo maior que a prisão. Sim ele é arrogante, mas também é muito inteligente. O interessante é que ele está sempre na dúvida entre se entregar ou não fazer nada (já que ele não se acha culpado).

Raskolnikov se apaixona por Sonya, uma prostituta, filha do bebum Marmeladov, que funciona como uma guia de consciência para Rask.

No meio de tudo isso tem Dunya, a irmã do Raskolnikov, que está noiva de um advogado rico e mesquinho e veio a São Petersbugo com a mãe. Depois ela é perseguida pelo Svidrigaïlov, também rico, mas imoral e amoral, e fica sabendo do crime do Raskolnikov mas não entrega a polícia por causa da Dunya.

Ainda tem o Razumikhin, melhor amigo do Raskolnikov e gente boa.

Como é um novelão (no bom sentido), tem de tudo nessa trama: romance, traição, amor, crime, amizade, fé x razão, etc. E como um bom livro russo, os personagens tem vários nomes, as vezes dificulta, mas depois acostuma. Exemplo: o nome da irmã do Raskolnikov é Avdotya Romanovna Raskolnikova, e ela é chamada de Dunya, Dounia, e Dunechka.

Crime e Castigo é de 1866, pré-revolução russa, o Raskolnikov nos leva para passear por São Petersburgo e até a Siberia. É um livro cheio de simbologia e de uma leitura que prende. Eu não guardo muitos livros, geralmente dou, e raramente releio, mas Crime e Castigo está aqui na estante para uma uma segunda vez.

A melhor adaptação/versão para o cinema desse livro é Match Point do Woody Allen.

Amanhã eu volto com o mais odiado.


4.7.10

Domingo Corrido (5)


Chegou o dia do ano em que a minha equipe, Os Vizinhos, corre a maratona de revezamento. Em maio a equipe já estava formada. Diferente dos outros domingos corridos (1, 2, 3, e 4), dessa vez ninguém faltou, nem desisitiu, todos chegaram na hora e estavamos preparados. Os tempos foram ótimos! O Nick fez o melhor tempo: 28min, depois veio a Elisa e o Jr com 30min, Bianca e Samanta com 31, Fatima, eu e o Tinto com 33min.

O sol estava quente, tinha vento contra, e ainda assim conseguimos o tempo total de 4h11min. E foi o primeiro ano que a equipe tinha mais mulheres que homens. Girl power! \o/

O objetivo para o ano que vem é diminuir o tempo.








Para ver o video é só clicar.

2.7.10

Eclipse

Já que vi Crepúsculo e Lua Nova, preciso ver até onde vai essa baboseira de vampiros purpurinados, então fui assistir Eclipse. Com spoilers, mas duvido que alguém perca o sono sabendo o que acontece nesse filme.

Esse terceiro filme da, hum, saga(?) Crepúsculo começa um tempo depois de onde terminou o Lua Nova. A Bella continua querendo dar o seu pescoço para o Vampirinho Edward, e ele continua com a cafonice de "só se você casar comigo". Gente, ele repete essa frase umas 30 vezes no filme. Bella tem um momento tostines porque ela não acredita muito em casamento, acha que é só papel passado, mas quer muito virar vampira e abandonar sua vida loser. E depois piora porque ela quer perder a virginidade e ele também diz que só depois do casamento. Ele diz que é old-fashioned. Seriously? Em 100 anos de vida o Vampirinho não se modernizou nada? Nem um pouquinho?

Eu até entendo que ele não queira transformá-la em vampira, mas não querer participar nos prazeres humanos da menina é bobo demais. Vampirinho Edward, vai chupar sangue humano para ver se essa libido aumenta, tá? Fica a dica. Esse pessoal de Crepúsculo tem muito que aprender com Vampire Diaries e True Blood.

A vampira ruiva Victoria está de volta e criando um exército para matar a Bella. Victoria ainda tem dor de cotovelo que o Edward matou seu namorado no primeiro filme. Eu gostei da cena do exército chegando pela água, Jonnhy-Walker-keep-walking-style.

Aí aparece o Lobinho. Melhor coisa do filme, ainda mais quando ele aparece sem camisa. O Lobinho Jake ainda está xonado na Bella e quer convencê-la a não se dar para o Vampirinho. E ele prova que sangue quente é melhor. Acontece que a Bella prefere viver numa casa bonita e cool, vestir roupas legais e andar em carros com ar condicionado, a viver numa tribo com reuniões na fogueira (só faltava um violão, argh).

Como a vida da preciosa Bella (eu ainda não entendi o que essa sem sal tem de tão especial) está em perigo, Lobinho e Vampirinho se juntam para salvá-la da Victoria.

Melhor cena do filme são os três numa tenda. Lobinho abraçado com a Bella porque ela estava congelando de frio (e aí o Vampirinho não pode fazer nada, sangue frio), e Vampirinho controlando o ciúme. Senti uma vibe Brokeback Mountain ali, e acho que perderam uma ótima oportunidade de fazer essa série mais interessante. Anyway, melhor frase dita em 2 horas de filme foi: "Let's face it, I'm hotter than you." do Lobinho para o Vampirinho. Go Jake!

Os vampiros vegetarianos lutam com o exército da Victoria e tem ajuda dos lobos turbinados. O Lobinho se dá mal, um vampiro quebra umas costelas dele, mas depois fica bem. Vampirinho acaba com a Victoria, e Bella é salva.

E aí surgem os Volturi. Pena que eles aparecem tão pouco, 5 minutos da Dakota Fanning em cena é melhor que todos da Bella. Eles vieram cobrar a trasformação da Bella em vampira, e são informados que isso já tem data marcada, mas só no próximo filme.

Eclipse é melhor que Lua Nova, tem flashback da Rosalie e do Jasper, tem mais ação, tem Lobinho sangue quente sem camisa, tem Edward lutando (não que seja grande coisa, mas mostra que ele faz alguma coisa), e tem os Volturi mostrando maldade.

Detalhe: o ar condicionado do cinema estava quebrado e só funcionou com 30% da potência, deve ter sido por isso que gostei mais do Lobinho nesse filme.

Alguém sabe que batom/gloss é aquele que passam na boca do Vampirinho? Queria comprar um igual.

A Tia Helo provavelmente gostaria de toda essa castidade do Vampirinho, e dos vampiros vegetarianos. Só 23 "Ai, Jesus!", para Bella e seus amigos.