30.12.12

Momento TOC Livros (6)

Esse ano li mais do que em 2011, mas menos do que gostaria, afinal tinha colocado a meta de 20 livros.  Mais uma vez, com o kindle, li mais em inglês. Quem sabe com a Amazon no Brasil isso mude no ano que vem. (Não li 50 Tons de Cinza, vou esperar os filmes)
Comecei um novo caderninho com 18 livros que foram:

- The Girl With The Dragon Tattoo e The Girl Who Played With Fire - Stieg Larsson- os dois primeiros livros da trilogia Millenium. Gostei muito do primeiro (também gostei do filme), achei o segundo ok e não me animei para ler o terceiro, quem sabe ano que vem.

- The Litigators - John Grisham. Eu gosto do John Grisham, esse livro é sobre um jovem advogado que após um ataque de pânico/ansiedade larga o mega escritório que trabalhava e vai ser sócio de um bebum e um coroa que são "ambulance chasers". A pequena firma pegam um caso grande que não sabem exatamente como lidar.

- Religião para Ateus - Alain De Botton. Já disse tudo que tinha para dizer sobre esse livro nesse post.

- O Cemitério de Praga - Umberto Eco. Esse livro é uma especulação de como surgiram os "Protocolos dos Sábios de Sião" que teria inspirado vários atos anti-semitas e até a política nazista. Tem um personagem falso e outros que existiram. Tem dupla personalidade, gente moralmente flexível e tal, mas achei esse livro chaaaaaato pacas. Só gostei do início e do fim.

- Ready or Not - Meg Cabot. Fiz uma troca de livros pelo Skoob e o único que a garota tinha para me oferecer era esse. Como eu nunca tinha lido nada da Meg Cabot fiz a troca. É um livro teen sobre uma menina que namora o filho do presidente dos EUA e está na dúvida se transa ou não com o namorado. Bobinho até para adolescentes.

- Grave Sight - Charlaine Harris. Abandonei os livros da Sookie Stackhouse e decidi ver se essa série da Charlaine Harris é melhor. Não tem vampiros, nem lobisomens, nem fada (alívio!), mas tem uma mulher que, depois de levar um raio na cabeça, consegue encontrar cadáveres, saber quais foram seus últimos pensamentos e do que morreram. Ela vende seus "talentos" para resolver casos, as pessoas a contratam, mas ainda acham que é algum tipo de bruxaria ou enganação. Achei divertido, talvez leia outro da série.

- I Am a Genius of Unspeakable Evil and I Want to Be Your Class President - Josh Lieb. Um dos livros mais engraçados que já li. É sobre Oliver, um gênio do mal de 12 anos de idade que é dono de um império milionário (que ele comanda de uma caverna escondida), mas ainda mora com os pais e sofre por ter que agir como um garoto de 12 anos. Ele até tem um testa de ferro adulto para ajudá-lo nos negócios. Ele esconde a sua genialidade se passando por burro. Oliver ama a mãe, não gosta do pai mas está sempre buscando o aval dele. Então para agradar o pai ele decide se candidatar a presidente de turma e usa de todos os meios que dispõe para conseguir. Ótimas referências nerds. (o título desse livro em português é Eu sou um gênio de maldade inenarrável e quero ser seu presidente de turma)

- In The Garden Of Beasts - Love, Terror and an American Family in Hitler's Berlin - Erik Larsson. É a história real do embaixador americano em Berlim antes da guerra. A forma como os fatos da época são narrados é possível sentir a tensão que era Berlim um pouco antes da guerra, especialmente para os estrangeiros.

- Child 44 - Tom Rob Smith. É sobre um serial killer na União Soviética stalinista. Muito bom. É interessante como os sovieticos achavam que serial killer era uma exclusividade do capitalismo e o investigador do caso chega a ser perseguido politicamente quando insiste na teoria de um assassino em série. Com alguns detalhes do que acontecia nos porões do prédio da praça Loubianka em Moscou.

- Apathy and Other Small Victories - Paul Neilan. É sobre um homem apático (óbvio) que leva a vida não se importando muito com as coisas e no meio de tudo isso tem uma trama com casais, amantes, traficantes de drogas, uma mulher surda e um dentista.

- A Queda - A memória de um pai em 424 passos - Diogo Mainardi. Por um erro médico o filho do Diogo Mainardi nasceu com paralisia cerebral. Nesse livro ele conta como é conviver com o filho e a evolução do menino. É um livro leve, com humor, inteligente e cheio de comparações incríveis. Muito bom.

- A Lebre Com os Olhos de Ambar - Edmund De Waal. O autor é um ceramista que decidiu contar a interessante história de sua família através da pesquisa que fez sobre os netsuquês que herdou do tio. Netsuquês são miniaturas japonesas que expressam o cotidiano (tive o prazer de ver uma coleção no LACMA em Los Angeles). A história da família do autor tem início na Russia, vai para Paris, depois Viena, Inglaterra e Japão.

- Serena - Ian McEwan. Serena é uma garota inglesa que, depois de formada, acaba sendo recrutada para trabalhar no MI5. Inicialmente ela é só secretária, mas depois consegue uma missão só sua com direito a plot twist e tudo mais. Divertido.

- Bossypants - Tina Fey. Sou fã da Tina Fey, ela é inteligente e engraçada. Não é fácil ser humorista e ela conseguiu ser a primeira mulher escritora-chefe (head writer) na equipe so Saturday Night Live e tem a sua própria série (30Rock). Ela conta a trajetória dela até chegar a 30 Rock com várias passagens na sua infância e adolescência. Tem até um capítulo engraçadíssimo sobre a sua lua de mel num cruzeiro.

- The Casual Vacancy - J.K.Rowling. E existe vida pós-Harry Potter. A J.K. Rowling é uma ótima escritora, esse livro é bom de ler, mas ela enfiou tantos personagens que ficou difícil eu me importar muito com algum deles. É sobre uma pequena cidade com um drama político, problemas de casais, crianças rebeldes, gente drogada, amantes secretos, bullying, é tanta coisa que as vezes se perde. Dizem que vai virar uma série, se tiverem tempo de desenvolverem os personagens pode dar certo.

- The 100-year-old Man Who Climbed Out The Window and Disappeared - Jonas Jonasson. O velhinho resolver fugir da festinha de 100 anos que estão preparando para ele, pula a janela do asilo e vai parar na rodoviária. Lá ele resolve comprar um passagem para o meio de um lugar na Suécia e de quebra leva a mala de um sujeito que pediu para ele olhar por um instante. Daí para frente a vida do Allan (o velhinho) é uma aventura com bandidos, polícia, um dono de um carrinho de cachorro quente, uma ruiva e até um elefante. No meio de tudo isso ficamos sabendo da vida dele desde quando ele era um garoto e trabalhava numa fábrica de explosivos (sua especialidade), passando pelos anos na Guerra Civil Espanhola, a forcinha que ele deu no projeto Manhattan, uma caminhada pelo Himalaia fugindo da China, a prisão na Sibéria, e até espião da CIA ele foi. Nada planejado, tudo seguindo as oportunidades que lhe ofereciam. Divertido, mas não tão engraçado quanto eu esperava. Acho que humor sueco é outra coisa.

- Rude Britannia - Tim Fountain. Alguém no Twitter disse que ele livro estava de graça a Apple Store e baixei sem nem saber do que se tratava (sim, eu compro livros pelo título). O Tim Fountain é autor de peças e livros e também é ator. Ele é viciado em sexo, então ele decidiu fazer uma pesquisa sobre sexo na Grã-Bretanha começando por onde ele iniciou a sua vida sexual (curiosamente foi em Bradford a caminho de Haworth, a cidade das Brontë). O livro tem o ótimo humor inglês e muito menos putaria sacanagem do que o tema sugere (mas tem muita esquisitice). Na verdade ele faz uma descrição muito boa das cidades que ele percorre, e deixando de lado os detalhes dos clubes de swing, BSDM e gays que ele vai, é até um bom guia de viagem.

Bonus: Li a versão graphic novel de Wuthering Heights (muito amor pelo Heathcliff) que trouxe da visita a casa da Brontë em Haworth, e reli Emma da Jane Austen. (Pensando bem, se considerar esses 2, cumpri a meta de 20 livros \o/)

Outros Momentos TOC Livros (1)(2)(3)(4) e (5)

23.12.12

Analisando o clipe: Do They Know It's Christmas

O Bob Geldof acordou um dia e decidiu ajudar os africanos a combater a fome na Etiópia. Ligou para os amigos, e em 24 horas já tinha uma música para cantar e um studio para gravar. E nada melhor que o Natal e o espírito natalino para convocar as pessoas a ajudarem o próximo.

Gravaram o single e o clipe bem a tempo do Natal de 1984. Foi um sucesso.

Não vou analisar a música porque é a frase "Throw your arms around the world at Christmas time" já diz muito, e essa música já apareceu outras vezes aqui no blog. Então vamos lembrar o tanto de gente boa que estava nesse evento.



O clipe começa com o pessoal chegando no studio, e de cara já vemos o Bob Geldof, John Taylor do Duran Duran e o Sting (lindo!).
O primeiro que canta é o Paul Young. Quem? Hoje em dia quase ninguém lembra dele, mas na década de 80 ele fez sucesso com a música Everytime You Go Away, e só. Vê-se que os mullets estavam em alta na época.
Na sequência entra o Boy George (esse todo mundo sabe quem é, né?) e seu cabelo rosa/laranja (?), e o Phil Collins na bateria.
Aí temos o George Michael, pré-banheiro público, ainda com luzes nos cabelos, seguido do Simon Le Bon do Duran Duran. O Sting (suspiros) entra para fazer um duo com o Simon Le Bon e no fundo tem o Tony Hadley. Ok, vou dizer quem é o Tony Hadley: é o vocalista da banda Spandau Ballet (sim, alguém realmente achou que esse seria um nome de banda aceitável), que teve o sucesso True nas paradas.
Acho fofo quando cantam "the bitter sting of tears" focam no Sting.
O Bono Vox então entra na parada, com seu mega-mullet e voz poderosa.
Phil Collins na bateria, Sting, Boy George e  Paul Weller nos vocais. Quem é Paul Weller? Ah, ele era de uma banda chamada Style Council que fez sucesso com uma música bacana: Shout To The Top.
Mostram o pessoal nos bastidores, e nessa hora só reconheço o baterista do Culture Club e o John Taylor tocando guitarra.
Corta para a confraternização dos músicos, alguns tocam guitarra (que poderia ser imaginária de tão fake que é a cena), outros distribuem beijinhos, e todos cantam.
Na hora que o Paul Young canta "here's to them, raise a glass for everyone" os que fazem o coro eu não sei quem são. #prontoconfessei
Então vamos para o pessoal chegando no studio, as meninas do Bananarama mostrando os filhos, e temos o grande coro de vozes cantando o refrão: "Feed the world, let them know it's Christmas time".
Quem mais aparece nessa hora é o Sting. Ou ele estava sempre no meio, ou o camera concluiu que ele era o mais bonito e merecia destaque. Com razão.
O Paul Young é quem canta mais e paga o maior mico do video: esquece a letra e vai fofocar com o cabeludo do lado (Rick Parfitt da Status Quo).
E termina com todos cantando o refrão.

Em 48 horas gravaram, mixaram e deixaram a música e clipe prontos. O single arrecadou 14 milhões de dólares na época. Logo depois os americanos, para não ficarem atrás, fizeram o USA for Africa com We Are The World (outro clipe que merece uma análise), e no verão de 1985 foi organizado o Live Aid. O resto é história.

Feliz Natal.

18.12.12

Analisando a música: Heroes (David Bowie)

Essa semana assisti As Vantagens de ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower), um ótimo filme sobre a juventude, amigos, traumas, esperança e amor. Posso até arriscar dizer que é o Clube dos Cinco para essa geração, um candidato a clássico que será assistido muitas vezes e analisado.

O filme se passa nos anos 1980/1990 e Charlie e seus amigos escutam de The Smiths até Air Supply. São os alternativos da escola. Sabem de cor as música de The Rocky Horror Show, fazem mixtapes (em fitas mesmo) de fossa, conhecem os Beatles, MAS nunca tinham ouvido David Bowie. Oi? Exatamente.

David Bowie é um gênio. Se vocês acham que a Madonna é vanguarda é só escutar um album dele e ver que ele estava muito a frente do seu tempo. David Bowie não é conhecido como camaleão a toa, ele já foi do rock psicodélico ao glam, sem falar nas mudanças de visuais. A carreira dele é longa, iniciada em 1967, são muitas músicas fantásticas e muitas parcerias (Queen, Mick Jagger, Placebo, etc), tem assunto para vários posts, tão bom que nem consigo escolher só uma música favorita.

Heroes é da fase em que David Bowie passou um tempo em Berlim. Dizem que ele foi para lá para se recuperar de toda loucura dos tours, da fama, e iniciou um momento mais minimalista. (Se bobear foi ele que levou a loucura para Berlim. #justsaying) A música é do album Heroes de 1977 e foi composta junto com o Brian Eno. O Brian Eno começou a carreira fazendo parte da Roxy Music e depois virou produtor (produziu 7 albuns do U2, inclusive o Achtung, Baby que também foi gravado em Berlim, mas isso é outra história).

Todos amam Berlim.

Heroes é sobre um casal que se encontrava embaixo de uma das torres do muro (que naquela época ainda estava de pé). Há pouco tempo (em 2003) o David Bowie disse que a música foi inspirada pelos encontros 'escondidos' do produtor do album com sua amante que ele via da janela do estúdio.

É uma música romantica e melancólica. E agora provavelmente será um hino para uma geração (assim como Don't You Forget About Me, mas isso também é outra história).

Também acho que é sobre um momento especial e catártico que, apesar de todas as chances contra, que tudo depois pode dar errado, é um desafio e provoca um desejo de que seja eterno, enquanto dure.

I, I wish I could swim
Like the dolphins
The dolphins can swim

Todos nós gostariamos de nadar como e com golfinhos. Quem nunca? Deslizar na água e dar aqueles saltos. É liberdade, simplicidade e leveza.

Though nothing, nothing will keep us together
We can beat them forever and ever
Oh, we can be heroes just for one day

"Nada está a favor, nada nos manterá juntos (pode ser por vários fatores), mas podemos vencer, sempre. Podemos ser heróis por um dia." A vontade de estar junto é maior, o momento é único, então vai acontecer.

I, I will be King
And you, you will be Queen
Though nothing will drive them away
We can be heroes just for one day
We can be us just for one day

"Rei e Rainha. Mesmo que nada afasta "eles", podemos ser heróis por um dia. Podemos ser 'nós' por um dia."
Realeza, heróis, tudo muito bacana, mas bonito mesmo, e íntimo, é querer ser só um simples nós.

I, I can remember
Standing by the wall
And the guns, shot above our heads
And we kissed as though nothing could fall

Essa parte descreve o casal encostado no muro embaixo da torre onde ficavam os guardas e se beijavam como se nada fosse os abalar. Delícia!

And the shame was on the other side
Oh, we can beat them, forever and ever
Then we could be heroes just for one day

A vergonha está do outro lado, que pode ser literalmente do outro lado do muro (o lado oriental no caso), ou nos outros que os condenam moralmente (afinal, são amantes proíbidos), ou em qualquer um que não aceita, ou são eles deixando os próprios preconceitos e/ou limitações de lado. São corajosos e podem vencer, sempre. E serão heróis, só por um dia.

We can be heroes, just for one day

Porque o importante é se sentir infinito, mesmo que seja por um dia.



Heroes também está na trilha sonora de: Cristiane F., The Replacements (que tem uma trilha sonora ótima e tem o Keanu Reeves), Godzilla (cantada pelos Wallflowers), Moulin Rouge (no medley do elefante), Antitrust, e alguns outros. E óbvio que já foi feita em Glee.

13.12.12

Corrida de luzes




Depois de passar o ano treinando (ou tentando treinar), e participando de corridas, chega a época das confraternizações. Claro que os atletas querem fazer isso queimando algumas calorias extras e aproveitando para ver as luzes e decorações de natal da cidade.




papai noel foi

A Corrida de Luzes já está na sétima edição. Não é preciso fazer inscrição, é só aparecer no local da largada, pegar seu chapéu vermelho e estar pronto para percorrer os 10km do percurso. Na edição desse ano tinha 800 pessoas! O ritmo não é forte, tem algumas paradinhas no meio do caminho e uma pausa maior para beber água na Praça do Ferreira, no centro da cidade. Correr no centro a noite é ótimo, está vazio.

dando a volta na praça
praça portugal
praça do ferreira
redes
embrulhado para presente
a bandinha que anima a corrida
iluminação vampiresca da catedral

Confesso que não sei onde termina, depois de correr 8,5km sempre paro no Boteco Praia para uma cervejinha merecida. 




27.11.12

Amanhecer parte 2

A "saga" finalmente acabou!

Previously on Vampirinho e Lobinho: o primeiro é um filme adolescente divertido, o segundo tem as esquisitices (descobrimos que os vampiros são x-men) mas é quando conhecemos os Volturi; o terceiro filme, para mim, é o melhorzinho (tem batalha, vampira Victoria querendo vingança, Lobinho mostrando corpo quente, flashbacks, etc) e o quarto filme é o PIOR de todos.

E chegamos a esse quinto filme, que é melhor do que o Amanhecer parte 1 (dificilmente algo poderia ser pior) e até divertido.

No Amanhecer parte 1 tem toda aquela palhaçada da Bella engravidar do Vampirinho desafiando todas as leis de Darwin e Bram Stoker. Não basta vampiro reproduzir pela mordida tem que fazer bebê. A Stephenie Meyer já tinha sambado bonito na cara de todo mundo com a coisa da purpurina na luz do sol, por que não espermatozoides vampirescos? A bebê com o nome mais cafona ever nasce e a Bella morre e vira vampira. A segunda parte começa com a Bella acordando com os olhos vermelhos com sede de sangue.

Aparentemente ela se tornou a vampira mais forte do clã. O que eu entendo de vampiros é que os mais novos não tem controle e os mais velhos são sempre mais fortes, mas claro que as regras já foram cagadas esquecidas portanto vale tudo nessa bagunça. A Bella então vai aprender a comer, e tem que ser animal porque o clã do Vampirinho é vegetariano e não chupam sangue humano. Sei.

O Vampirinho desse filme não é o mesmo dos outros 4 filmes. Acabou aquele drama existêncialista. Depois que casou se tornou até um cara engraçado. Dessa vez ele até curte um rala e rola com a Bella. Devia ter chupado o sangue sem sal da Bella no primeiro filme.

E aí temos a bebê Renesmee. Que com 3 dias de nascida tem tamanho de 9 meses e uma cara MEDONHA (efeitos especiais péssimos). Renesmee é um bebê híbrido com algum poder especial que quando toca nas pessoas se comunica.

Então chegamos no Lobinho. Meia hora de filme e ele ainda não tirou a camisa. O Lobinho fez o tal do "imprinting" na Renesmee, o que basicamente significa que ele é um pedófilo. É isso mesmo. Ele não larga a Renesmee de jeito nenhum, e quando a Bella reclama ele manda a clássica "Não é isso que você está pensando!". Claro que é Lobinho.

O Lobinho descobre que os vampiros querem se mudar da floresta encantada de Seattle porque ninguém pode saber que a Bella está viva e muito menos que a Renesmee existe. O Lobinho decide contar para o pai da Bella o que está acontecendo, e como ele faz isso? Leva o tio para o meio do mato e tira a roupa. Esse é o único momento que ele fica sem camisa no filme, é um shirtless digno, mas muito rápido. Ele mostra para o tio que também é cachorro e o tio aceita essa e todas as outras desculpas esfarrapadas que dão para ele. Eu só queria saber o que aconteceu com a mãe da Bella.

Para animar a festa, os Volturi ficam sabendo da existência da Renesmee e por uma falha na comunicação, acham que ela é uma "criança imortal". Ok, explico. Parece que algumas vampiras sentiam falta de ter bebês e transformavam crianças pequenas em vampirinhas que nunca cresciam e ficavam eternamente fofas. Acontece que essas crianças também não desenvolviam e quando ficavam birrentas comiam destruíam uma vila inteira. Os Volturi decidiram tornar ilegal a prática de transformar pessoas com menos de 18 anos. A única coisa que faz sentido nessa "mitologia" do Crepúsculo. #prontofalei

Então os Volturi, que são vampiros de verdade (usam capas pretas, bebem sangue humano, arrancam cabeças e jogam bebês no fogo) vão tomar satisfação com o clã do Vampirinho. O pai do Vampirinho juntou uma equipe de vampiros X-men para enfrentar os Volturi. Aí eu pensei, puxa, agora essa coisa vai ficar boa.

E fica. Os grupos se encontram no campo de batalha e tem provocação dos dois lados. O Tony Blair Volturi comanda a parada e pede para segurar a mão do Vampirinho para saber quem é a Renesmee e porque ela tem esse nome cafona. Tony Blair Volturi descobre que ela é meio mortal/meio imortal. OI? Como alguém pode ser meio imortal? Anyway, ele ainda acha que ela é uma ameaça e quer guerrear. A vampira vidente aparece para dizer que a Renesmee não é uma ameaça, o Tony Blair Volturi a quer no time dele e segura na mão dela.

A batalha começa! Gente, é cabeça de vampiro voando para todo lado, os lobos gigantes atacando, Bella fazendo cara de quem precisa de um Activia, Dakota Fanning fazendo muitas caretas, vampira alta voltagem distribuindo choques, vampiro causando terremoto, até que Bella e Vampirinho conseguem arrancar a cabeça do Tony Blair Volturi. Eu já estava quase batendo palmas para essa distribuição de sangue na neve quando descobrimos que era tudo uma pegadinha do Mallandro. A batalha toda era só a vampira vidente mostrando para o Tony Blair Volturi o que iria acontecer se ele decidisse lutar. ARGH.

Como se isso não bastasse, os Volturi ainda tem dúvidas de como manter a existência dos vampiros na moita e aí aparece um índio da Amazônia dizendo que tem 150 anos e que também é um bebê híbrido que vive de sangue e de comida humana. Como ele conseguiu ficar incognito esse tempo todo os Volturi podem voltar para Siena em paz.

Tony Blair Volturi diz "Brinks galera!" e recolhe seus vampiros de capa preta.

Bella, Vampirinho, Lobinho e Renesmee formam uma família moderna (Lobinho até quer chamar o Vampirinho de papai) e vão viver felizes para sempre.

No fim descobrimos que, além do poder do escudo, a Bella pode projetar powerpoints cafonas na cabeça dos outros.

FIM.

Vou ver uns episódios de The Vampire Diaries para recuperar a reputação dos vampiros.

A Tia Helo iria me processar por insistir nessa "saga", mas terminou e nunca mais falaremos disso nesse blog. Ufa!


25.11.12

Waterproof

A minha prima Larissa trouxe a Pentax a prova d'água dela quando veio visitar e foi muito divertido tirar fotos dentro do mar agitado da Praia do Futuro. Claro que eu ia querer uma máquina dessas e comprei nessa última viagem aos EUA. O principal motivo pelo qual eu queria uma máquina a prova d'água, além da diversão total, era para poder sair remando de caiaque ou no stand up e tirar fotos sem me preocupar com a camera ficar molhada. E também queria tirar fotos dos surfistas mais de perto. Confesso que tirar fotos de peixes não está na minha lista, mas agora, se eu quiser, já posso.

 Depois de ler o post "As 5 melhores cameras a prova d'água" e um review detalhado sobre uma delas no Colagem, optei pela Panasonic DMC-TS3 (ou TS20).

A máquina é a prova d'água, de impacto e de muito frio. Uma das funções da máquina é tirar fotos panorâmicas, que usei bastante na viagem dos cânions e só faltava testar ela na água. Então no sábado fui a Praia do Futuro, esperei uns surfistas entrarem e fui tirar umas fotos.

Não é fácil tirar fotos no mar agitado da Praia do Futuro, mas acho que até consegui algumas boas.

as vezes a lente fica com pingos 
uma manobra
a barraca
lá vem a onda
uma panorâmica

Quando levar a máquina para outra voltinha under water faço outro post com mais fotos.

(Mais fotos no post Waterproof 2)

23.11.12

Analisando a música: Need You Tonight (INXS)

O INXS deve ser a segunda banda mais conhecida da Australia, atrás do Men At Work e na frente do Midnight Oil. Ok, tem os Bee Gees, mas eles são ingleses.

A banda começou em Sydney em 1977 com os irmãos Farriss e fizeram sucesso nos anos 1980 e 1990 até 1997, quando o vocalista Michael Hutchence morreu. O Michael Hutchence era uma espécie de Jim Morrison da Australia, ou pelo menos ele tentava ser. Ao vivo ele dominava o palco muito bem! (os vi tocando no Rock in Rio 2)

Eu conheci a banda no meio dos anos 1980 quando lançaram seu quinto album (naquela época as coisas demoravam para chegar da Australia) Listen Like Thieves que tem This Time e What You Need. Logo depois veio o maior sucesso da banda que foi o album Kick que, além da música analisada da vez, tem a ótima New Sensation, Devil Inside, Mystify e Never Tear Us Apart (que tem o video feito em Praga). A seguir teve o X com a divertida Suicide Blonde e By My Side. E último album deles que eu tenho é Welcome to Wherever You Are, de 1992, que tem Beautiful Girl e Not Enough time.

Para mim o INXS já tinha acabado há 15 anos quando o Michael Hutchence morreu, mas aparentemente eles continuaram tocando até um dia desses quando anunciaram o fim da banda. Então já que agora a banda acabou de vez vou dedicar à eles esse 'Analisando a música'.

Need You Tonight é um dos maiores hits da banda, o riff da guitarra dessa música é facilmente identificado, um clássico pop. É uma música sexy sobre sexo, claro. A voz sussurrada do Michael Hutchence ajuda. Aliás, eu acho que é uma música sobre booty call ou que serve como um booty call. Não sabe o que é um booty call? Joga no Google. Quem nunca?

Come over here

Já começa com um "vem cá". Pronto, não precisa de mais nada. Fui. (sou fácil?)

All you got is this moment
The twenty-first century's yesterday
You can care all you want
Everybody does, yeah, that's ok

Está certo, vou analisar o resto. Bonita essa coisa de querer aproveitar o momento. Agora! Então ele diz que o século 21 já era, isso porque essa música foi escrita ainda no século 20, ou seja, você pode até se importar com o futuro, todo mundo se importa, mas o presente é que vale.

So slide over here
And give me a moment
Your moves are so raw
I've got to let you know
I've got to let you know
You're one of my kind

"Chega mais, me dê um tempinho, seus movimentos são primitivos/básicos, mas olha, você é das minhas (ou você é como eu, somos iguais)." #morri Ai, Michael Hutchence ensina aí como é que faz para move like Jagger!

I need you tonight
'Cause I'm not sleeping
There's something about you girl
That makes me sweat

Momento booty call: "Preciso de você hoje a noite, não consigo dormir. Tem algo em você que me faz suar." Ui ui ui, quem suou fui eu.

How do you feel
I'm lonely
What do you think
Can't take it all
What you gonna do
Gonna live my life

Essa parte da música eu não sei se é ele falando consigo mesmo, ou uma conversa entre ele e quem está do outro lado do booty call. De todo jeito ele está solitário, precisa de companhia então..

So slide over here...

Chega mais outra vez.... movimentos básicos....me faz suar....

I've got to let you know
You're one of my kind

E termina com um sussurrado extra: você é como eu.


KD meu telefone?? Preciso fazer uma ligação urgente.



20.11.12

Outras Tias (16)

Nessa época pré-natalina a Tia Vera se empolgou com os panetones no supermercado. Olhou para um com muitas frutas na foto da caixa e levou.

Chegou em casa abriu, cortou um pedaço e comeu. Ela achou o gosto estranho mas continuou comendo. A Tia Vera comentou o fato com uma de suas sobrinhas e quando a sobrinha investigou a embalagem descobriu que era um panetone de calabresa. De. Ca-la-bre-sa.

Com esses panetones de tantos sabores diferentes fica difícil acertar no tradicional, né tia?

16.11.12

Analisando a música: Everlong (Foo Fighters)

Essa foi a música que saiu no sorteio, sugestão do @rafaelcdantas.

Era uma vez uma banda de Seattle chamada Nirvana. Essa banda abalou as estruturas do rock grunge com músicas excelentes e um vocalista intenso e problemático. Bem, todo mundo sabe como essa história termina e vou deixar para contá-la no dia que analisar uma música de Kurt Cobain e cia.

Anyway, com o fim do Nirvana, o baterista Dave Grohl, que era ofuscado pela presença forte do Kurt Cobain, pegou a guitarra, formou sua própria banda, os Foo Fighters, e mostrou que não era só o loirinho que fazia música boa.

Foo Fighters é uma banda divertida, os caras são simpáticos, não se levam muito a sério (os videos são ótimos!), mas tocam um rock n' roll muito digno e levam isso ao seu público. Fizeram o excelente documentário do Garage Tour  onde tocaram nas garagens de alguns fãs. O que eu gosto nas músicas da banda é a bateria super marcante, são ótimas para tocar bateria imaginária.

Everlong é do segundo album da banda, de 1997, The Colour and The Shape, que tem duas das minhas músicas favoritas dos Foo Fighters: My Hero e Walking After You.

Então, sobre Everlong Dave Grohl disse que: "It's hard for me to write about chicks" (no 3:04 dessa entrevista que deram ao Howard Stern) mas que essa música é sobre a garota que ele namorou logo depois do divórcio da sua primeira mulher. Resumindo, é uma música sobre a rebound chick (posso traduzir rebound person como pessoa rebote?).

A tal mulher pode até ter sido uma namoradinha pós-relacionamento sério mas ganhou uma música chamada Everlong: uma eternidade. (Na verdade Everlong, tudo junto, não existe no dicionário, mas eu acho que é derivada de long forever ou forever long, que é esperar para sempre ou sempre esperar)

Romântico? Vamos analisar.

Hello
I've waited here for you
Everlong

Então o Dave Grohl tinha se divorciado, estava tristinho, mas aí conheceu a RC (rebound chick), houve uma afinidade, ele gostou dela e vamos ver onde essa história vai parar. "Oi, tudo bem? Estava aqui te esperando...uma eternidade." O meu nível de romantismo é baixo, prometo melhorar ao longo da análise.

Tonight
I throw myself into
And out of the red
Out of her head she sang

"É hoje a noite que me jogo, que saio do prejuízo, e ela, da sua cabeça (memória ou imaginação) cantou." Tem gente que acha que essa música é sobre sexo, e pode ser, afinal em que situação (além de um musical ou estar numa banda) uma pessoa cantaria?  Ainda mais "out of her head" que também pode significar fora de si. Ok, nada romântica essa análise até aqui, mas levando para o lado sentimental, ele está se jogando de cabeça na relação.
Tem uma coisa na estrutura dessa música que me deixa confusa, toda vez que ele fala "She sang" no fim me dá a impressão que é ela que está falando (ou cantando) tudo isso para ele.

Come down
And waste away with me
Down with me
Slow how
You wanted it to be
I'm over my head
Out of her head she sang

"Vem aqui, vamos enlouquecer, devagar como você quer, já estou além da minha capacidade." E aí ela cantou outra vez. Ai, Dave, seu lindo. (oi?)

And I wonder
When I sing along with you
If everything could feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when
She sang

E ele quer saber quando canta junto com ela se poderia se sentir assim para sempre, se qualquer coisa poderá ser tão boa assim outra vez. E a única coisa que ele quer é que ela prometa não parar quando ele pedir. Ela cantou.
Então, é ele que pede para ela prometer ou ela cantou "me prometa não parar quando eu pedir"?
De qualquer forma, ninguém quer abandonar esse barco porque a coisa está boa demais. Let's get it on, ops, go on.

Breathe out
So I can breathe you in
Hold you in
And now
I know you've always been
Out of your head
Out of my head I sang

"Breath out, so I can breathe you in"- tenho certeza que ovários explodem de desejo quando ele canta essa parte da música. Não vou nem traduzir para não estragar, é bonita assim, em inglês. Uma simbiose, uma vontade de sentir o outro, querer ficar junto. E ele agora que sabe que ela sempre foi intensa (não quero dizer louca ou delirante, vamos manter o clima romântico) é a vez dele cantar e de se conectarem física e espiritualmente. Harmonia perfeita. O amor é lindo!

And I wonder
When I sing along with you
If everything could feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when
She sang

And I wonder
If everything could feel this real forever
If anything could ever be this good again
The only thing I'll ever ask of you
You've got to promise not to stop when I say when

Esse refrão é muito bom. "Se eu pudesse me sentir assim para sempre, se tudo pudesse ser bom assim de novo", é o que todos nós queremos, que os bons momentos durem para sempre, por isso não podem perder a oportunidade e parar, mesmo que queiram. Romântico sim.

Adoro a pausa que essa música tem antes de repetir o refrão pela última vez.

Vamos pegar as baquetas e tocar bateria imaginária com Dave Grohl e cia.




Eu gosto da original com a bateria intensa, mas a versão acústica é muito bonita.



14.11.12

Argo

Em 1979, quando a crise dos reféns americanos no Irã aconteceu, eu era criança e estava morando nos EUA há um ano. Já falava inglês fluente, cantava o hino nacional americano e fazia a Pledge of Allegiance todos os dias de manhã na escola, ou seja, era uma criancinha americana.

Nos jornais e na tv esse episódio foi notícia por mais de um ano, o tempo que os americanos da embaixada ficaram reféns no Irã. Como eu era nova, as únicas lembranças que tenho do fato é a foto do Aiatolá Khomeini que aparecia em todo lugar (para mim era pior que o bicho papão, morria de medo dele) e o fato das Olimpíadas terem sido canceladas (claro que aconteceram lindamente em Moscou, mas como os EUA boicotaram e não mostraram nada na tv de lá, para mim foi o mesmo que cancelar).

Então fui ver Argo, que conta como seis americanos conseguiram sair da embaixada durante a invasão dos iranianos, se esconderam na casa do embaixador canadense e foram resgatados por um agente da CIA. Conseguiram sair do Irã em janeiro de 1980, um ano antes do resto que ficou preso na embaixada (o babado só terminou em janeiro de 1981).

Interessante foi o método usado para tirar os seis americanos de lá: os transformaram numa equipe de filme de ficção científica fazendo pesquisa de locações em Teerã.

Mesmo sabendo como termina, o filme mantém a tensão até o fim. Ben Affleck fez um excelente trabalho dirigindo esse filme, palmas para ele. As vezes você se pega na ponta da cadeira torcendo por um botão de fast forward para acabar com o sofrimento.

E fiquem até o fim quando aparecem as fotos das pessoas reais que participaram do episódio ao lado dos atores que os representaram. São todos muito parecidos ou iguais, menos o Ben Affleck que é MUITO mais bonito que o original.

Eu gostei desse filme, mesmo tendo medo toda vez que uma foto do Aiatolá Khomeini aparecia na tela do cinema. A Tia Helô diria 679 "Ai, Jesus!" para Argo.

9.11.12

Analisando a música: Sorteio

Decidi pedir sugestões para os queridos leitores do blog e seguidores do twitter para o próximo Analisando a música. Vou fazer um sorteio entre as músicas sugeridas e coloco a vencedora aqui no blog.

Coloquem as sugestões aqui nos comentários, ou mandem para mim no twitter (@marselle) ou se for tímido manda para o e-mail do blog que está aí do lado.

Algumas regras básicas: 1) vale mais de uma sugestão de música por pessoa, 2) se quiser, pode dizer o motivo de quer a música analisada e 3) por favor, nada de MPB (do Chico Buarque ao Michel Teló todo mundo entende), samba (eu não entendo), axé (não gosto), funk (não tem muito para analisar), forró e Mariah Carey (não aguento cantoras que gritam) 4) e músicas em línguas que eu precise recorrer a ajuda do google translator ficam muito difíceis: francês, alemão, japonês, italiano, etc.

Vou fazer o sorteio na semana que vem dando um número a cada música e depois jogo num radom.org da vida.

Valendo!


UPDATE 1:
As ótimas sugestões até agora:
1- Vow (Garbage)
2- Mmmmm (Crash Test Dummies)
3- 212 (Azealia Banks)
4- Ho Hey (The Lumineers)
5- Hopeless Wonderer (Mumford &Sons)
6- Pictures of You (The Cure)
7- Promises (The Cranberries)
8- Everlong (Foo Fighters)
9- Hurt (Nine Inch Nails)
10- Betty Davis Eyes (Kim Carnes)
11- Beautiful Ones (Suede)

UPDATE 2
Fiz o sorteio e a próxima música analisada será:












Fiquem ligados que as outras músicas sugeridas podem ser analisadas a qualquer momento. :)


30.10.12

Skyfall

Mr. Bond is back!

50 anos de filmes e ainda tem novidade.

Quando você acha que já viu tudo em matéria de perseguição no cinema, vem James Bond e faz a dança do ventre nas nossas caras com uma sequência incrível na Turquia. Quem já esteve no Grand Bazaar sabe do que estou falando.

E isso foi só para começar.

Além da Turquia, passeamos por uma Xangai iluminada, Macau, a querida Londres e as highlands escocesas.

Eu gosto muito desse James Bond do Daniel Craig. Ele se machuca, tem cicatrizes, bebe para esquecer, toma mais pílulas do que o Dr. House e ainda assim mantém a pose e sabe fazer uma entrada sexy no chuveiro. E como esse homem corre! Macho-que-é-macho. Aliás, queria agradecer o diretor Sam Mendes por todos os shirtless do Mr. Bond. E, gente, como ele se veste bem! Até no modo caçando patos na Escócia. Suei.

Javier Bardem faz um dos vilões mais perigosos da franquia. Como a M diz, não existem mais aqueles que querem dominar (ou destruir) o mundo, a coisa agora é no one on one. Interesses pessoais. É para ter muito medo do Sr. Silva. Sem contar que ele também sabe fazer uma entrada e usa transporte público.

As bondgirls estão no filme, a belíssima Severine e a divertida agente do MI6. Temos um novo Q e o Ralph Fiennes não está lá só para figuração de luxo.

A abertura com a música da Adele ficou ótima! E o filme tem muitas homenagens aos outros filmes do 007.

Corram Bond-style para o cinema.

A Tia Helo diria 357 "Ai, Jesus!" com seu martini shaken and stirred na mão.

28.10.12

Séries: início de temporada

Mais uma fall season começou, séries voltaram e outras estrearam. Vou começar por algumas novas.

Nashville - é um novelão sobre duas cantoras country: uma experiente e uma nova. As duas disputam o guitarrista/compositor bonitão, sendo que a mais experiente é casada com um mané que quer ser prefeito. É boa? Não muito, mas, como sou orfã da Carminha, qualquer novela que seja um pouco decente e não seja cafona como Salve Jorge está valendo, mesmo com música country.

Arrow- quando estava em Los Angeles o que mais tinha pela cidade era poster dessa série e o ator que faz o Oliver Queen (o Arqueiro Verde) é LINDO, então resolvi ver um episódio. Bom, é sobre um herói da segunda divisão, mas Oliver é tão bonitão, e o nível de shirtless é alto, que decidi ver mais alguns episódios. É cheia de furos mas é o Oliver é eye candy de primeira. Candidata a melhor série pipoca da temporada.

Last Resort - é sobre um submarino poderoso que o capitão recebe ordens de mandar um torpedo para atacar o Paquistão, mas decide ignorar a ordem o que faz com que o submarino seja atacado. Eles se refugiam numa ilha paradisíaca e ficam negociando com o governo dos EUA. É boa para matar as saudades das locações de Lost. Os primeiros episódios foram bons, mas cansei um pouco do patriotismo exagerado e militarismo (e olha que aqui em casa tenho fama de maria batalhão).

Chicago Fire- um novelão sobre bombeiros bonitões. Tô dentro.

E duas comédias: The New Normal sobre um casal gay e uma mulher e sua filha. O casal contrata a mulher para ser barriga de aluguel e rende umas piadas ótimas. Don't Trust the B__ in Apt. 23 é muito engraçada, ainda mais com o James Van Der Beek (o Dawson) fazendo piada de si mesmo.

Dei uma chance para Elementary. Claro que não é genial como a Sherlock inglesa mas é melhor que que eu esperava. De vez em quando vou dar uma olhada.

E as que voltaram:

Homeland - continua excelente! Recomendo. O segundo episódio foi mais tenso que muitos de 24hr, e antes da metade da temporada já temos algumas surpresas.

Dexter - estou gostando da dinâmica entre o Dexter e a irmã dele. (e gostei mesmo foi do vilão ucraniano da vez: bonito, chique e mau, muito mau.)

Sons of Anarchy - não deixam a peteca cair nessa série, e nem perdoam a gente por assitir. Quando eu acho que Jax vai conseguir respirar alguma coisa acontece.

Fringe - é a última temporada e quero ver como o mundo nas mãos dos carecas vai acabar.

Hawaii Five-O - continua a melhor série pipoca no ar, e agora temos a mãe espiã do McGarrett.

The Good Wife é outra que me surpreende. Agora a Alicia está de bem com o marido candidato a governador. Let's see. Downton Abbey - só digo uma coisa: mais cenas de Maggie Smith com Shirley Mclaine, please! E Parenthood veio com um drama de primeira.

Revenge - A Nina pode ter perdoado a Carminha e até ficarem inimigas íntimas, mas a Emily/Amanda ainda não engoliu as safadezas da Victoria. Novelão dos bons.

Guilty pleasures: The Vampire Diaries, nunca pensei que fosse ver essa série por mais de uma temporada, mas continuo achando divertido e agora tem um mega caça vampiros perigoso na área. A fofa Heart of Dixie ainda está na lista.

30 Rock está genial e é a última temporada. Parks & Recreation me diverte. Modern Family ainda tem gás. Once Upon a Time mantém minha curiosidade e agora tem o Capitão Gancho.

Criminal Minds continua arranjando uns serial killers bizarros.

Falando em bizarro, American Horror Story voltou dentro de um asilo com um serial killer. Medo.


Desisti de Grey's Anatomy. Aguardo Community voltar e estou com saudades de Mad Men.

24.10.12

Analisando a música: Roll Away Your Stone (Mumford & Sons)

Nessa última viagem aos EUA, a banda que mais tocava na rádio era a inglesa com nome-de-loja-de-móveis Mumford & Sons, que estavam lançando um album novo. Confesso que não conheço muitas músicas deles, mas a minha amiga Alessandra gosta e sempre aumentava o volume quando estavamos no carro. Ela me pediu para analisar a letra da música "Roll Away You Stone" que é do primeiro album da banda o Sigh No More, de 2009, (que também tem Little Lion Man, um dos grandes sucessos do Mumford & Sons).

Mumford & Sons é uma banda nova, indie, formada em 2007. Esses ingleses fazem um som folk com poesia e muita influência literária. É uma música que tem um mix de moderno com antigo, sofisticado com caipira.

Eles tem uma música chamada "Timshel" que provavelmente é uma referência a East of Eden do John Steinbeck, mas os rapazes do Mumford & Sons gostam mesmo é do Shakespeare. A primeira frase da música Sigh No More vem direto de "Much Ado About Nothing" e a Roll Away Your Stone tem uma frase daquela peça-que-não-deve-ser-mencionada-nos-teatros. Como eu não me importo com o teatro vou dizer: Macbeth. E eles assumem o copy/paste do bardo: "You can rip off Shakespeare all you like; no lawyer's going to call you up on that one.".

Não sei exatamente qual é a da superstição que não se deve falar Macbeth no teatro, mas rola uma lenda que o Shakespeare colocou feitiços reais de bruxas verdadeiras no texto. As bruxas não gostaram nada disso e amaldiçoaram a peça. (ME-DO)

Anyway, Macbeth é uma das peças mais pesadas e trágicas do Shakespeare. É sobre um escocês, o Lord Macbeth, que abraça (com empurrãozinho de sua eposa Lady Macbeth) o lado negro da força na sua ambição para obter poder e as consequências políticas e psicológicas dos atos dele.

O Lord Macbeth com o poder conquistado de forma ilícita fica paranóico, sem amigos, tendo alucinações e tenta resolver os problemas visitando as bruxas que por sua vez falam mas não dizem nada; tipo o Mestre dos Magos. No fim, a única redenção que Macbeth tem é pela morte.

Ok, mas o que essa música tem a ver com tudo isso? Vamos analisar.

Acho que essa música é um exame de consciência, o anjo e o diabo na cabeça de todos nós (como o header desse blog) numa conversa sincera. É sobre as escolhas que cada um faz, as consequências e um recomeço se for preciso.

Pode ser uma conversa com o analista, mas vou com o anjinho e diabinho porque é mais introspectivo e acho mais divertido.

Roll away your stone, I'll roll away mine
Together we can see what we will find
Don't leave me alone at this time
For I'm afraid of what I will discover inside

A voz dominante deve ser a do anjinho que quer fazer uma avaliação da consciência, uma disputa interna, mas precisa de ajuda. Por isso ele diz: "cada um no seu quadrado, fazendo sua parte (rolando sua pedra) que juntos vamos descobrir.". Acontece que ainda estamos em uma área cinza onde os dois podem ter razão, e ele não quer fazer isso só porque nunca se sabe o que vai encontrar do lado do diabinho. Vamos combinar que é um medo coerente, existem coisas que estão enterradas no subconsciente.

Cause you told me that I would find a hole,
Within the fragile substance of my soul
And I have filled this void with things unreal
And all the while my character it steals

Ele sabe que vai encontrar um buraco, que a alma é frágil, as tentações são muitas e ao preencher o vazio com coisas irreais (uma forma poética de dizer que não adianta tapar o sol com a peneira), o caráter some.

Darkness is a harsh term don't you think?
And yet it dominates the things I see

Escuridão (trevas?) é pesado né? Mas domina tudo que ele vê, ainda não está preparado para se livrar do lado negro da força. Diabinho ganhando nesse momento.

It seems that all my bridges have been burned
But you say that's exactly how this grace thing works
It's not the long walk home that will change this heart
But the welcome I receive with the restart

As pontes foram queimadas, e o outro diz para ele que a volta tem que ser maior para que a dignidade seja recuperada. Mas o anjinho sabe das coisas e diz que não vai ser o longo caminho que vai mudar o coração, as escolhas já foram feitas, o que importa é como ele será recebido no retorno/recomeço. Acho que esse recomeço é onde ele se perdoa, ou assume e se conforma com os erros.

Darkness is a harsh term don't you think?
And yet it dominates the things I see

Mas o diabinho ainda insiste na escuridão, e mantém o seu ponto.

Stars hide your fires,
These here are my desires
And I won't give them up to you this time around
And so, I'll be found with my stake stuck in this ground
Marking the territory of this newly impassioned soul

Mas aí o anjinho vem triunfante nessa estrofe e usa as palavras de Shakespeare: estrelas escondam suas luzes porque esses são os meus desejos e não vou rendê-los. Coloco minha estaca marcando território nessa alma comovida e apaixonada. É minhaaaaa! Anjinho garantindo seu espaço.

(Na peça o Macbeth diz "Stars hide your fires, so no one can see the terrible desires within me", na verdade Lord Macbeth queria apagar a luz das estrelas para esconder suas ambições. Shakespeare: gênio.)

But you, you've gone too far this time
You have neither reason or rhyme
With which to take this soul that is so rightfully mine

Conclusão: o diabinho foi longe de mais, perdeu a razão e o compasso, e o anjinho venceu a guerra depois de uma longa batalha. Consciência limpa. Liberado, pronto para outra.


Vamos pegar o banjo, contra-baixo, bater os pés e fazer uma autoanálise com os rapazes do Mumford & Sons.

21.10.12

Zion Canyon



O Zion Canyon foi o último a ser visitado e uma agradável surpresa. Já tinha visto o grandioso, o pequeno com curvas fantásticas, e o com pirulitos coloridos, o que faltava? Um cânion com uma estrada no meio, que ao invés de ver de cima, passamos por dentro.

pedra xadrez

O Zion Canyon é muito bonito!



Começamos pela entrada leste e saímos pela entrada sul. No meio do caminho passamos por um túnel longo (quase 2km), estreito e escuro, mas tinha uns janelões cavados que dava para ver a vista maravilhosa.

janelão


Achei curioso que tingem o asfalto com uma cor vermelha para não destoar da paleta de cores do cânion.



O Zion é o parque nacional mais antigo do Utah, foi declarado como tal em 1919 (mesmo ano do Grand Canyon). Como os outros parques, o Zion National Park é organizado, tem trilhas, museu, um lodge, etc. Me pareceu um ótimo lugar para caminhadas e escaladas.

fino arco de pedra


A cidadezinha do lado de fora da entrada sul, Springdale, foi a mais bacana de todas, ótima para ficar e explorar mais o parque.

O tour foi ótimo, mas foi tudo rápido. Gostaria de ter ficado mais tempo em cada cânion, explorado mais. Agora que conheço, da próxima vez já posso planejar melhor e aproveitar mais.

a van no zion canyon

Os parques nacionais americanos são organizados, protegidos, muito visitados e bem aproveitados pelos americanos que amam seus tesouros nacionais. A vontade que fica é de querer conhecer todos.

Mais fotos dos Canyons no Flickr.

20.10.12

Bryce Canyon



Depois do passeio pelo Antelope Canyon continuamos na estrada e passamos do Arizona para Utah.


Utah é conhecido como o estado dos mormons, afinal eles foram pioneiros nessa região se estabeleceram lá há muitos anos. O estado é muito rico em canions e a natureza ali foi generosa. Esses mormons não são bobos, sabem que tudo na vida é location, location, location.

on the road


O Robert Redford também gosta de Utah. Depois que filmou Butch Cassidy and The Sundance Kid na área, ele comprou um terreno lá fundou um instituto e hoje existe o Festival de Cinema de Sundance.

primeiros hoodoos fora do parque

O Bryce Canyon não é um cânion grande. É maior que o Antelope e, obviamente, menor que o Grand Canyon (vamos estabelecer que nenhum cânion é maior do que o Grand Canyon, ok?). Bryce Canyon é parque nacional desde 1928, e o nome foi dado em homenagem ao pioneiro mormon Ebenezer Bryce que tinha o cânion como quintal de casa.



Depois da entrada do parque tem vários view points, e no Bryce Canyon as formações estão mais perto. Existem trilhas no meio dos hoodoos (os pirulitos) e é possível ver tudo de bem perto. É lindo!



O parque é muito organizado, trilhas demarcadas, tem rangers que fazem tour guiados e dão detalhes sobre a geologia do lugar, área de camping, um hotel dentro, banheiros em todos os view points, etc.


outono acontecendo

O guia disse que até pouco tempo o Bryce Canyon não era muito visitado porque fica um pouco fora da estrada principal, mas isso já mudou. No dia que fomos estava muito cheio, tinha até fila para estacionar em alguns view points. Vai por mim, o desvio da estrada principal vale a pena.



O Bryce fica numa altitude maior, então é mais frio e a neve cai cedo (segundo o guia no fim de outubro já fica tudo branquinho)

Do lado de fora do parque tem uma vila com outros hotéis, lojinhas e até uma rua tipo western.

as marmotas

Gostaria de ter ficado mais tempo no Bryce Canyon para explorar melhor o parque. #ficadica