30.7.13

Analisando chocolate

Eu gosto muito de chocolate. FATO.

Temos amigos suíços que, toda vez que passam aqui para uma visitinha, trazem chocolates. Não são poucas barrinhas, é uma bolsa CHEIA (e pesada). É chocolate suficiente para um ano (no caso de pessoas normais), aqui em casa dura 2 meses.

nem cabe tudo na foto

No pacotão sempre vem clássicos como: chocolate com laranja (um favorito), chocolate com mousse de chocolate, com amendoas, com nozes, chocolate ao leite, meio amargo e amargo. Os formatos são variados: barras, quadradinhos, bolinhas, potes com primos do nutella (melhor que o nutella), triangular (sim, também vem toblerone. aliás, o toblerone amargo é uma delícia). Nenhum branco, óbvio, porque chocolate branco não é chocolate e os suíços sabem disso.

Além de tudo isso tem alguns sabores diferentes e inusitados. Confesso que sou purista, gosto de chocolate sem nada, de preferência amargo, mas claro que tem exceções (os com laranja e com amendoas são ótimos).

Ainda tem vários, mas aqui vai o top 5 até agora.

5. Chocolate amargo com Pimenta. 
Na verdade não gostei muito desse porque depois de comer meio quadrado fiquei sem sentir minha língua pelo resto do dia, mas o começo da mordida foi bom. Para quem gosta de pimenta. FORTE.


4. Chocolate amargo com Baunilha Bourbon
Baunilha Bourbon (Bourbon Vanilla) é um tipo de baunilha cultivada em Madagascar e em outras ilhas do Oceano Indico. É baunilha gourmet, mas ainda é baunilha. Esse chocolate é muito gostoso, mas sem grandes emoções. 


3. Chocolate amargo Intenso
O bom do chococlate amargo é que, para mim, um pouco satisfaz bastante, então não preciso de grandes quantidades. Esse com 70% de cacau é um delícia, dá vontade de abraçar.


2. Chocolate amargo com Flor de Sal
Essa pequena jóia foi uma ótima surpresa. Primeiro vem o gosto do chocolate e lá no fim aquele gostinho salgado. É perfeito para quem não gosta muito de doce.


1. Chocolate amargo com Mirtilo e Amendoas
Primeiro: chocolate e amendoas é uma excelente combinação (os fãs de nutella que o digam) e segundo: chocolate com qualquer fruta silvestre é melhor ainda. Mirtilo (ou blueberry para os íntimos) é uma das minha favoritas. Esse chocolate tem o azedo da fruta e contraste vem das amendoas. Pelo que está na embalagem foi uma edição especial, mas, por favor, façam mais!



25.7.13

Book Report: The Amazing Adventures of Kavalier and Clay - Michael Chabon

Esse foi um livro indicado pela Amazon que depois de algumas insinuações deles resolvi comprar porque achei a capa bonita e gostei do título.


Nunca tinha ouvido falar do Michael Chabon, mas ele ganhou um Pulitzer em ficção por esse livro em 2001. E depois que terminei de ler The Amazing Adventures of Kavalier and Clay quis entregar o prêmio para ele outra vez. Ele também escreveu The Wonder Boys, que nunca li, mas gostei do filme com Michael Douglas, Tobey Maguire e Robert Downey Jr.

The Amazing Adventures of Kavalier and Clay (ou As Incríveis Aventuras de Kavalier e Clay como saiu em português) é sobre dois primos, Joe Kavalier e Sam Clay, que criam um personagem de quadrinhos na era de ouro dos gibis americanos, que começou logo depois que o Superman apareceu em 1938.

Joe é um jovem estudante de mágica, ilusionismo e a arte do escapismo, como Houdini, que mora em Praga mas é escolhido pela família para fugir para America. Joe deixa para trás mãe, pai, avô e irmão e começa uma aventura digna do Houdini até chegar em New York City, via Lituânia e Japão, para morar com a tia e o primo.

Sam é o primo do Joe, garoto criado no Brooklyn cercado de histórias em quadrinhos, com sua mãe judia, sua avó (e tem um pai ausente). Quando Joe chega, Sam descobre que ele sabe desenhar muito bem e propõe falar com seu chefe para criarem uma divisão de quadrinhos na empresa. Sam é o talento que cria as histórias e Joe as desenha. O primeiro herói que criam é o The Escapist que, com seu uniforme azul com uma chave dourada no peito, usa suas habilidades (nenhuma sobrenatural) para libertar pessoas, um herói que espelha o desejo de poder e liberdade.

Assim como os pais do Batman foram assassinados e o Superman foi mandado para Terra porque seu planeta explodiu, a vida dos nosso heróis não é fácil.

Joe é um workaholic que tem como prioridade economizar dinheiro para trazer sua família da Europa. A primeira capa que ele desenha é o Escapist dando um soco no Hitler, que deixa os chefes tensos porque os EUA ainda não estavam na guerra em 1939, mas Joe mantém seus vilões sempre espelhados nos nazistas. Joe não se permite momentos felizes ou de prazer até conhecer Rosa, uma artista alternativa que o insipira a criar uma heróina: a Luna Moth.

Sam está sempre criando as histórias que servem como background para os heróis (e essas são muito bem escritas pelo Michael Chabon), tem uma vida social pouco ativa e um conflito interno. Sam sempre apoia Joe, ele tenta de toda forma entender o que é para o primo ter deixado a família no meio da guerra, num gueto, nas mãos de nazistas.

A vida deles vai muito bem, obrigada, até o dia que os Japoneses bombardeiam Pearl Harbor, Joe recebe uma notícia trágica e Sam quase vai preso. Os americanos entram na guerra, Joe se alista e Sam se vê tendo que tomar uma decisão.

Tudo isso é contado com muito humor, otimismo e sensibilidade. Mostra a luta do ser humano pela libertação (em vários sentidos), amizade verdadeira, sem grandes dramas (apesar de haver motivos para vários) e com detalhes incríveis dos heróis (todos: Sam, Joe e suas criações), de New York nos anos 1940, dos sentimentos em época de guerra e pós-guerra, e especialmente da indústria dos quadrinhos (inclusive alguns criadores conhecidos aparecem no livro, em rodas de conversa, como o Stan Lee).

Os quadrinhos, ou gibis, eram considerados (e ainda são por alguns) uma forma menor de arte e literatura. A origem vem dos tais pulp magazines que eram histórias desenhadas e publicadas em papéis mais vagabundos e vendidos só em bancas. Com a criação do Superman, que tinha um estilo diferente de história e desenho, em 1938 veio um boom e os quadrinhos que eram coisa de criança, de nerds,  passaram a render muito dinheiro as editoras especializadas e todas queriam seu Superman. Na década de 1950 os quadrinhos foram considerados má influência para crianças (no livro tem até uma insinuação sobre Batman e Robin). Felizmente a produção não parou, até se diversificou, e os quadrinhos não estão mais restritos a heróis e aventura, tem um pouco de tudo para crianças, adultos, nerds, geeks, românticos, etc. No post que escrevi sobre o genial Building Stories disse que gosto muito dos comic books e graphic novels, as histórias são interessantes e os desenhos fantásticos. Quadrinhos se tornaram elementos básicos da cultura pop e são assuntos de teses de mestrado e doutorado. Hoje existem lojas especializadas no gênero, não vamos esquecer que muitos quadrinhos da época de ouro hoje valem milhares de doletas, e os muitos filmes blockbusters baseados em personagens dos comic books.

comic book store que fui em Los Angeles

The Amazing Adventures of Kavalier and Clay é um comic book sem desenhos, mas nem precisa, a imaginação é estimulada o tempo todo. É um livro que até quem não é muito fã do gênero vai gostar.

24.7.13

Tia Helo na JMJ

A Tia Helo era super-hiper-mega-über católica, uma church lady de respeito, além de suas peculiaridades que foram a fonte de inspiração do blog.

Claro que com a visita do Papa Francisco ao Rio essa semana eu não poderia deixar de lembrar da Tia Helo. Da última vez que um Papa esteve no Rio, o JP II, ela obrigou sua sobrinha Sue a acompanhá-la a uma missa no Aterro do Flamengo. A Sue disse que nunca pensou que tiazinhas beatas fossem tão hard core quanto metaleiros e quase foi pisoteada tentando chegar perto do palco.

Quando comecei esse blog com as amigas Malu e Sue (que são as sobrinhas de fato da Tia Helo) a Tia Helo ainda era viva e sempre tinha alguma história que rendia um post curioso.

Malu, conhecida como Luizinha pela Tia Helo, e Sue escreveram alguns posts aqui, mas me empolguei mais que as duas e acabei dominando o espaço. A Tia Helo nos deixou em 2006 mas continua inspirando algumas sessões do blog como suas cotações para os filmes, outras tias, o analisando a música e os momentos TOC.

Hoje o Papa Francisco foi passear justamente na Tijuca, bairro da Tia Helo e de suas sobrinhas. E, para ficar mais emocionante, ele passou pela igreja que fica ao lado da casa das sobrinhas que a Tia Helo sempre visitava (especialmente as sextas para comer sua pizza). Luizinha e Sue foram lá, no frio e na chuva, dar tchauzinho para o Papa Francisco e tenho certeza que a Tia Helo está mais do que orgulhosa dessas duas a representando.

"Ai, Jesus!" ao infinito para Luizinha e Sue!

15.7.13

Analisando a música: You Better You Bet (The Who)

The Newsroom voltou para segunda temporada essa semana e, no meio de todos aqueles diálogos rápidos (e as vezes confusos) sobre política e economia, o Will e a Mackenzie tiveram um mini debate sobre essa música. No fim ela diz: "Acho que nenhum de nós entende o significado dessa música."

É um desafio? Aceito!

The Who é Rock Clássico.

(Toda vez que uso essa expressão imagino os tiozinhos dos anos 1960 se revirando nos túmulos porque o gênero musical que eles abominavam, que dava dor de cabeça, que tirava suas filhas de casa com formigas nas calças, virou algo clássico e estudado em universidades. Então, get over it, um dia teremos Funk Carioca Clássico.)

A banda britânica foi formada em 1964 por  Roger Daltrey, Pete Townshend, John Entwistle e Keith Moon, e o primeiro sucesso veio com My Generation. O The Who era uma banda alternativa, em relação aos Rolling Stones e aos Beatles, e faziam sucesso no Reino Unido. Em 1969 lançaram Tommy (a ópera rock que depois virou filme em 1975) e foram para o mundo.

The Who era uma banda bem performática, Pete Townshend gostava de quebrar guitarras no palco e Roger Daltrey gosta de uma atuação (e tem uma voz ótima). O Pete Townshend tem muita história para contar e escreveu um autobiografia. O Keith Moon morreu em 1978 e no início dos anos 1980 a banda se desfez. De lá para cá teve algumas reuniões, o Entwistle morreu em 2002, e ocasionalmente os dois restantes fazem shows beneficentes e mini tours.

As gerações mais novas conhecem os vovôs do The Who pela versão de Behind Blue Eyes feita pelo Limp Bizkit; as aberturas dos: CSI (Who Are You), CSI:NY (Baba O'Riley) e CSI: Miami (Won't Get Fooled Again), o Roger Daltrey até participou de um episódio de CSI. E ainda tem a versão Glee de Pinball Wizard. O Pearl Jam, as vezes, faz um cover deles nos shows.

You Better You Bet, música e letra do Pete Townshend, é do album Face Dances de 1981, um dos últimos (já sem o Keith Moon), ficou no topo das paradas do ano e foi o último hit da banda. É uma música sobre....bem, eu diria uma DR, talvez um caso de amor pouco funcional ou muito prático dependendo do ponto de vista. Tem um pouco de tudo.

Vamos analisar.

I call you on the telephone
My voice too rough with cigarettes
I sometimes feel I should just go home
But I'm dealing with a memory that never forgets
I love to hear you say my name
Especially when you say yes
I got your body right now on my mind
But I drunk myself blind to the sound of old T-Rex
To the sound of old T-Rex, oh, and Who's Next

A música já começa com um booty call meio bebum com a voz áspera de tanto fumar cigarros (ah, as musicas dos anos 1970/80 onde as pessoas ainda fumavam). Ele até quer ir para casa (então a ligação provavelmente é do meio da rua, de um orelhão) mas está "lidando com uma memória que nunca esquece", ele quer saciar essa vontade. "Adoro quando você diz meu nome, e especialmente quando diz sim!! Diz sim, vai!" Está com o corpo dela na cabeça, agora, now!  Mas ele bebeu até cair escutando T.Rex (uma banda de glam rock dos anos 1970) e Who's Next (adoro essa auto referência ao album de 1971, claro que o cara ia escutar o melhor disco da banda). E aí, como faz?

When I say I love you, you say you better
You better, you better, you bet
When I say I need you, you say you better
You better, you better, you bet
You better bet your life
Or love will cut you, cut you like a knife

O refrão grudento. "Quando eu digo que te amo, você diz 'acho bom'". É melhor, é melhor, pode apostar. Quando ele diz que precisa dela, ela diz "você deveria mesmo". É melhor apostar. E ele pode apostar a vida que o amor vai cortar como uma faca (afiada). É um conselho/ameaça.

I want those feeble minded axes overthrown
I'm not into you passport picture, I just like your nose
You welcome me with open arms and open legs
I know only fools have needs
But this one never begs

"Eu quero essas rejeições idiotas derrubadas" (uma das definições de ax/axe é rejeição de um amante/amigo, também é gíria para guitarra e o Pete Towshend gostava de quebrar guitarras), ou seja, "Eu vou e pronto.". A foto do passaporte deve ter alguma explicação, mas que ele só gosta do nariz é mais significativo (Pete Townshend sobre seu nariz: "I thought, well if I've got a big nose, it's a groove ans it's the greatest thing that can happen because, I don't know, it's like a lighthouse or something".). Aí ele faz a festa, ela o recebe de braços e pernas abertas (uiuiui). Só os tolos tem necessidades, mas esse bobão nunca implora. (também, nem precisa, ela já está lá de pernas braços abertos!)

I don't really mind how much you love me
Ooooo a little is alright
When you say come over and spend the night
Tonight, tonight

Ah, a quantificação do amor. Ele diz que não se importa o quanto ela o ama, um pouco já está bom. Ele quer saber é se ela vai convidá-lo para uma visitinha ainda hoje a noite, é isso que interessa.

When I say I love you, you say you better
You better, you better, you bet
When I say I need you, you say you better
You better, you better, you bet
You better bet your life
Or love will cut you, cut you like a knife

O refrão chiclete.

I lay on the bed with you
We could make some book of records
Your dog keeps licking my nose
And chewing up all those letters
Saying you better
You better bet your life
You better love me, all the time now
You better shove me back into line now

Parece que ele conseguiu se convidado, e na cama acha que poderiam entrar para algum livro de recordes (ou fazer um livro dos discos, mas prefiro achar que ele quer bater algum tipo de recorde sexual). Olha o nariz aí outra vez! O cachorro está lambendo. E depois mastigando as cartas que dizem "Você pode apostar sua vida, é melhor você me amar, o tempo todo, me coloca de volta na fila".
Pausa. Vamos ver se entendi. Acho que são amigos com benefícios, que se gostam (muito) mas não querem nada sério (ainda), só um sexo casual. Ela deve ter uma fila de pretendentes e ele quer ser o primeiro. Por isso acho que o refrão é uma (pseudo) brincadeira, e quando ele diz "te amo" ela responde "acho bom!".

I showed up late one night
With a neon light for a visa
But knowing I'm so eager to fight
Can't make letting me in any easier
I know I've been wearing crazy clothes
And I look pretty crappy sometimes
But my body feels so good
And I still sing a razor line every time

Falou em passaporte e agora em visa. E o que ele usa como um aval para entrar na casa dela? Uma luz neon. WTF? Roubou do bar? Ainda bem que ele reconhece que não merece entrar quando esta com vontade de brigar, que usa roupas esquisitas e parece esculhambado, mas se sente bem e canta afinado/afiado (ou saber dar uma cantada afiada) toda vez.

And when it comes to all night living
I know what I'm giving
I've got it all down to a tee
And it's free

E ainda completa: quando a coisa é virar a noite, ele sabe o que está oferecendo, tem tudo nos mínimos detalhes (oi, tudo bem?) e é de graça. Amigo com benefícios é para essas coisas, né?

When I say I love you, you say you better
You better, you better, you bet
When I say I need you, you say (scream) you better
You better, you better, you bet
You better bet your life
Or love will cut you, cut you like a knife

O refrão que não sai da cabeça. Como eu disse na outra estrofe, acho que é uma brincadeira (que no fundo é de verdade) entre os dois. Amigos com benefícios que querem mais. No fim ele diz "você pode apostar sua vida ou o amor vai te cortar como uma faca.", ou seja, é melhor ele ama-lá ou então ela vai lá e corta (espero que o coração simbolicamente). O amor/amizade é lindo.

E vamos ficar com esse refrão grudado....you better, you better, you bet!



Algumas pessoas do forum acham que essa música lembra Let My Love Open The Door, que o Pete Towshend lançou um ano antes em sua carreira solo.

12.7.13

Homem de Aço

O Christopher Reeve mora no meu coração como Superman, é paixão de criança e essa é para sempre. Gostei do Brandon Routh em Superman Returns (e também gostei do filme, podem julgar) e assisti todas as temporadas de Smallville com o Tom Welling fazendo o Clark Kent teen.

Mas o Henry Cavill....ai, gente..... isso sim é Superman! Quero ser a Lois Lane já! Como disse alguém (não vou entregar quem) "ele dá comichão em certas partes do corpo".



O Superman é o meu herói favorito, ele é um ET que cresceu na Terra (no Kansas, of all places), tem superpoderes, tenta fazer o melhor que pode com isso, tenta se enturmar com os humanos, é lindão, e usa cueca por cima da calça. Bem, usava. Nesse filme o cuecão vermelho sumiu.

A roupa do Superman vem de Krypton e, além da falta da cueca vermelha (que deve ter ido para a parte de dentro), tem o poder de fazer a barba e arrumar o cabelo do Kal El.

A parte dramática do filme é ótima. Kal El é filho do Russel Crowe (em forma - leitinho) e Lara em Kripton e do Kevin Costner e Diane Lane na Terra, como Clark Kent. Todos abraçaram seus papéis com vontade e esse núcleo familiar, seja em Krypton ou na Terra, é a melhor parte do filme. Aliás, todos os mini Clarks são tão lindos quanto o Henry Cavill.

A Lois Lane da Amy Adams é esperta. Essa eu queria ser. Ela não é enganada pelo Clark Kent, pelo contrário, é parceira dele na inclusão/apresentação do Superman aos terráqueos e não perde a oportunidade de passar a mão naqueles músculos. *inveja*

A parte ação/destruição do filme achei exagerada. Tudo bem que o General Zod é megalomaníaco nivel intergalático e que ele tem os mesmos poderes que o Kal El, eles são ETs e tal, a coisa tinha mesmo que ser excessiva, mas ficou chato. Só gostei do sofrimento do Zod (e de sua turma) ao tentar se adaptar a atmosfera da Terra.

A cat fight entre o Superman e o Zod que destruiu meia Smallville e uma parte de Metrópolis matou um bocado de gente (mesmo que não tenham mostrado).

Pela primeira vez fez sentido o Superman passar por Clark Kent como jornalista e ninguém notar que é a mesma pessoa. Foi muito bem feita aquela cena final. Muito amor pelo Clark Kent do Henry Cavill (ainda mais na tela grande do cinema).

É um filme sério demais (ou que se leva muito a sério), acho que o Superman é um herói mais leve, mesmo com todo o peso do mundo nas costas, ele leva tudo numa boa. E, sim, a música do John Williams fez muita falta. Dito isso, eu gostei do filme, e que venham outros, a gente merece mais Henry Cavill na vida.

A Tia Helo ia querer ter filhos do Henry Cavill (quem não quer?) e gritaria 793 "Ai, Jesus!" para o Homem de Aço.


7.7.13

Domingo Corrido (7)



E chegou a época do ano que os amigos se juntam para a maratona de revezamento. Essa é corrida é animada e exige uma certa organização. Esse ano a equipe já estava definida em maio, mas tivemos que fazer algumas mudanças até o dia da corrida e foi tudo tranquilo.

nosso nº6 correu um pedaço
de costas.

Esse ano achei que tinha menos equipes, talvez porque mudaram a data inicial da corrida (adiaram uma semana por causa da Copa das Confederações). O percurso também mudou e foi para melhor. Mais retas e tiraram a subidinha cruel que tinha no final.

O sol quente foi o mesmo de todo ano, esse não falha. A chuva até ensaiou aparecer, mas foi muito rápida e antes da largada (as 6:30) tinha parado.

Nossa equipe foi muito bem, terminamos os 42km em 4 horas e 10 minutos. Esse ano entraram dois novatos na corrida que foram muito bem. Um deles fez os 5km em 25 minutos e já está escalado para a equipe ano que vem.


Depois volto com um update com o video desse ano. Atualizado.




Outros Domingos Corridos: (1), (2), (3), (4), (5) e (6)


1.7.13

Book Report: Inferno - Dan Brown

Semana passada meu amigo Maurizio ligou da Itália e no meio do papo ele diz:

"Ah, tenho uma para te contar. Há uns 2 anos trabalhei para o Dan Brown..."
"O do Código Da Vinci?"
"Si. Então, quando foi umas duas semanas atrás recebi um e-mail de uma jornalista tedesca (alemã) perguntando o que eu tinha achado de estar nesse último livro do Dan Brown."
"Como assim? Nos agradecimentos?"
"Também achei que era nos agradecimentos, mas ele me transformou num personagem."
"PARA TUDO Maurizio. Vou comprar esse livro AGORA."

Apertei 3 botões no kindle e já estava pronta para ler Inferno.

O único outro livro do Dan Brown que li foi o Código Da Vinci, que achei divertido, e esse novo segue a mesma fórmula.

O Robert Langdon está numa nova aventura onde ele se encontra em Florença, sem saber como foi parar lá, com uma amnésia, e tem que fugir de uma assassina, guardas particulares, polícia, etc. Enquanto ele passeia pelas ruas, palácios, passagens secretas e museus de Florença ele tenta decifrar uma espécie de projeção com uma pintura do Boticelli sobre o Inferno de Dante. Tudo isso com a ajuda de uma médica britânica, Sienna Brooks.

Todo o babado secreto gira em torno da Divina Comédia (mais a parte do Inferno, óbvio) de Dante Alighieri e da vida do mesmo. O vilão, preocupado com a superpopulação mundial, deixa, por Florença e num video que deixou com uma organização secreta que o ajudou, as pistas de onde ele escondeu sua arma biológica. E no meio de tudo isso ainda envolveu a Organização Mundial de Saúde. Com reviravoltas, claro.

Depois de seguir várias pistas/dicas e muitas confusões, Langdon e sua trupe vão até Veneza procurar a tal arma biológica (que não está lá, mas não vou dizer a outra cidade senão é muito spoiler), e é aí que aparece o Maurizio.

Nada de nome trocado, está lá como Maurizio Pimponi mesmo, um motorista de limosine-barco em Veneza, e é descrito como "a strikingly handsome man" e "looked more like a movie star than a skipper". Nada mais justo, o Maurizio é bonito. E dei uma risada quando ele descreve o Maurizio dirigindo a lancha, é igual ele dirigindo um carro na vida real. E ainda faz o Maurizio perguntar aos passageiros "Prosecco? Limoncello? Champagne?". Phyno! Desde já estou curiosa para ver quem vai interpretar o Maurizio no filme (porque vai ter um filme né?).

Ler um livro bestseller onde aparece um amigo seu é tão legal quanto ver na tela tela do cinema num blockbuster, mesmo que numa ponta.

Assim como o Código Da Vinci, também achei esse livro divertido. Tem um bocado de informação sobre a Divina Comédia e o Dante Alighieri que eu não sabia, as descrições das cidades são sempre ótimas e o plano mirabolante do vilão é ótimo. No final detectei uma falha (e nem sou boa nisso) que me fez pensar que: ou o Dan Brown quis ser didático demais até chegar no lugar onde estava a arma biológica, ou ele achou que ia ser uma grande sacada (não foi). Ainda assim a leitura foi boa.

Para quem vai ler o livro para por aqui e volta depois de ler.


SPOILERS a seguir.


Uma das pistas diz: "Follow deep into the sunken palace...for here, in the darkness, the chthonic monster waits". Quando o Robert Langdon explica, e dá exemplo, do que é um chthonic monster o primeiro lugar que pensei foi na cisterna do palácio de Istambul, mas como tudo apontava para Veneza achei que poderia ser algum lugar por lá.

Para minha supresa o Langdon depois conclui que o saco plástico com a arma biológica está em algum lugar em Istambul. Eu achei que iam direto a cisterna, mas não, ainda foram passear na Hagia Sofia para lá o guia dizer que a água acumulada da chuva vai para a tal cisterna. Ficam todos surpresos com a existência da cisterna para logo em seguia o próprio guia dizer que é um ponto turístico, cheio de turistas. Wait, what?

Eu estive em Istambul uma vez e vi a cara da medusa na cisterna. O Robert Langdon, pelo o que ele descreve, esteve na cidade algumas vezes, conhece a beira mar de lá, o Palácio Topkapi, lembra de uma tumba sem graça que viu dentro da Hagia Sofia mas não sabia da cisterna?? Ah, Dan Brown, assim não. Mesmo para quem nunca esteve em Istambul, ao fazer o guia dizer que a cisterna é uma atração turística já deixa o Langdon com cara de bobo.